2,5 milhões de paraenses continuam endividados, aponta Serasa

Os maiores inadimplentes no Pará têm entre 26 e 40 anos (36,2%), seguidos pela população entre 41 e 60 anos (33,8%), maiores de 60 anos (15,5%) e aqueles com até 25 anos (14,5%).

Amanda Engelke / Especial para O Liberal
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Mais de 40% da população do Pará continua endividada. No total, são 2,5 milhões de pessoas com dívidas que não conseguem quitar. Só em Belém, são 677.383 mil. É o que aponta, entre outras coisas, a edição mais recente do Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa, empresa que agrega em um grande banco de dados o comportamento financeiro dos consumidores brasileiros. O levantamento, divulgado nesta sexta-feira (17), reúne dados do mês de outubro.

O levantamento revela ainda que os débitos com bancos e cartões são os mais comuns entre os paraenses (31,62%), e que as dívidas de varejo financeiras e serviços representam 18,96%, 15,94% e 12,58% das pendências, respectivamente. Já entre as faixas etárias, os maiores inadimplentes no Pará têm entre 26 e 40 anos (36,2%), seguidos pela população entre 41 e 60 anos (33,8%), maiores de 60 anos (15,5%) e aqueles com até 25 anos (14,5%).

Apesar disto, o estudo mostra uma redução nas dívidas relacionadas a contas básicas, como luz, água e gás. O levantamento revela que, entre os meses de setembro e outubro, esses tipos de dívidas entre os paraenses diminuíram 0,8 pontos percentuais. No comparativo entre os dois últimos meses, segundo a Serasa, o percentual de pessoas com pendências financeiras em contas relacionadas a serviços essências passou de 10,93% para 10,13%.

 

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O Pará está na contramão do cenário nacional que apresentou leve alta em outubro, pelo terceiro mês consecutivo, no número de inadimplentes. No Brasil, foram registrados 71,9 milhões de inadimplentes em outubro contra 71,8 milhões em setembro. Desse total, 50,4% são mulheres e 49,6% são homens. As faixas etárias mais afetadas continuam sendo as de 41 a 60 anos de idade (34,9%) e de 26 a 40 anos de idade (34,5%). Já no Pará, a proporção de inadimplentes reduziu de 40,61% (setembro) para 40,41% (outubro).

Para o economista Gernardo Oliveira, a redução é um reflexo a adesão à campanhas de renegociação de dívidas, como o Desenrola Brasil. “Nos últimos quatro anos, o Pará aumentou em R$ 1 milhão o número de devedores, o que representa R$ 1 bilhão em dívidas. Essa redução de agora mostra uma adesão dos paraenses aos programas de renegociação. Para além disso, as pessoas estão buscando o acesso ao open banking, seguindo dicas para aumentar o score e seus limites de crédito”, analisa.

 

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CONFIRA: economista dá dicas de como se planejar para o final do ano

Organizar as despesas de fim de ano nem sempre é fácil. Nessa época do ano, muitas pessoas tendem a gastar mais do que podem. Além das confraternizações de fim de ano, é preciso considerar despesas adicionais como matrícula, material escolar, IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores). De acordo com economista Genardo Oliveira, apesar de difícil, a missão não é impossível. Confira as dicas do economista:

  • Planejamento Financeiro: Faça um planejamento detalhado das suas finanças, incluindo todas as despesas e receitas. Isso ajudará a ter uma visão clara da situação financeira e priorizar mais os gastos importantes.

  • Negociação e Pesquisa de Preços: Ao lidar com despesas como matrícula e material escolar, é importante negociar possíveis descontos ou condições especiais de pagamento. Além disso, fazer uma pesquisa de preços em diferentes estabelecimentos pode ajudar a economizar um pouco

  • Antecipação de Pagamentos: Caso tenha dívidas ou financiamentos, considere a possibilidade de antecipar parcelas. Isso pode ajudar a reduzir o custo total das dívidas.

  • Investimento em Educação e Capacitação: Se estiver pensando em investir em educação, como cursos técnicos, profissionalizantes, ou até mesmo empreender, o 13º salário pode ser uma fonte para esse investimento, visando oportunidades futuras de trabalho e aumento da renda.

  • Planejamento para Pagamento de Tributos: Para despesas como IPTU e IPVA, é importante considerar a opção de pagamento à vista, que geralmente oferece descontos atrativos. Um bom planejamento financeiro pode garantir recursos para o pagamento à vista desses tributos.

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