Xirley Tão realiza show intimista e canta sobre o cotidiano paraense no Waldemar Henrique

A abertura fica por conta da cantora Stela do Carmo. Os ingressos são vendidos na bilheteria do Teatro

Emanuele Corrêa

26.10.22 12h25

A cantora e Drag Themonha, Xirley Tão leva ao palco do Teatro Waldemar Henrique, a partir das 20h de hoje (26) o show acústico "Farofa da Xirley Tão: o show acusticuzinho". Xirley irá apresentar as nove músicas do álbum de mesmo nome do show, lançado nas plataformas digitais este ano. (Reprodução / Divulgação)

A cantora e Drag Themonha, Xirley Tão leva ao palco do Teatro Waldemar Henrique, a partir das 20h desta quinta-feira (27) o show acústico "Farofa da Xirley Tão: o show acusticuzinho". Xirley irá apresentar as nove músicas do álbum de mesmo nome do show, lançado nas plataformas digitais este ano. A abertura fica por conta da cantora Stela do Carmo. Os ingressos são vendidos na bilheteria do Teatro.

Xirley Tão é a expressão artística de Adriano Furtado, biólogo, professor e diretor da vigilância à saúde de Belém. Xirley conta que apesar da atmosfera intimista do show acústico, a essência da Tão será mantida. "O público vai ver um lado mais 'comportado'. Se bem que isso não existe na vida da Xirley Tão", comentou entre risos.

O disco tem nove faixas autorais, é um trabalho independente, com letras que satirizam o cotidiano paraense, conta Adriano. A realização é da Produções Tão Artísticas, com produção de Romana Melo, da Agridoce Artes Produções. A direção musical é de Marcel Barreto e o maestro é o Ferpa. Preparação Vocal de Cacau Novais. A iluminação do show é feita pelo Marckson de Moraes. Sonorização por Allan Bacelar. O figurino é feito por Zezé Furtado e o próprio Adriano Furtado. E a cenografia é assinada por Adriano Furtado, Romana Melo e Marckson de Moraes.

A cantora destaca que o show está sendo preparado desde junho e que receber uma amiga de longa data para abri-lo, é uma felicidade. "O show está sendo preparado desde junho deste ano. E pensamos neste ambiente de camarim de cabaré para ambientar o espaço. Minha produtora, Romana Melo e o diretor e iluminador Marckson de Moraes ajudaram no desenho cenográfico para este show. Cacarecos, roupas, fotos, coisas de camarim antigo. São memórias", arguiu.

A abertura do show fica por conta de Stela do Carmo. A cantora e compositora paraense carrega na sua musicalidade peculiar suas raízes amazônicas. Inspirada em ritmos e ritos da cultura marajoara, Stella lançou "O Chamado", seu primeiro espetáculo autoral, com canções que narram a história de uma mulher que atravessa suas origens para resgatar a força de sua cultura e essência. (Reprodução / Paulo Diniz)

Stella lançou "O Chamado", espetáculo autoral, com canções que narram a história de uma mulher amazônica, diz Xirley Tão. "Conheço Stella há mais de 20 anos. Fomos colegas de faculdade, ela é bióloga também. Depois que nós conhecemos nossos caminhos nunca mais se separaram, mesmo ela morando agora em Brasília. A arte nos aproximou mais ainda e a convidei para abrir o show com seu espetáculo musical 'O Chamado', lançado também este ano. Somos duas artistas independentes com trabalho autoral. As canções de Stella vão embalar nossa ancestralidade. Vai ser lindo", reforçou.

Após a calmaria que promete ser a abertura, Xirley diz que suas músicas contam as situações do cotidiano, à exemplo dos amores e até de uma receita de caldeirada paraense, com ritmos que passam pela lambada, brega, bolero, quadrilha, carimbó e marchinha de carnaval, acompanhada da Esbandalhada (sua banda) e de um cenário com atmosfera de cabaré e figurinos ainda não exibidos. "Em contrapartida, o disco Farofa da Xirley Tão é bagaceira. São músicas cômicas, picantes e chicletinhas. Dá pra ouvir lavando louça. As letras falam do cotidiano de forma satírica", disse.

Xirley comemora a reunião de todos e todas para celebrar seu disco no Teatro e relembra que a pandemia foi um duplo desafio, tanto como Adriano, profissional da Saúde, quanto Xirley, drag, palhaça, artista, que também se viu parada junto às atividades culturais da cidade, por isso, lotar o teatro e celebrar a arte é importante, afirma. "Trabalhar na saúde da cidade é um desafio. Belém é única no cenário de saúde. Tem características próprias em todos os sentidos. Durante a fase mais grave da pandemia eu não atuava na prefeitura. Trabalhei em casa pela UFPA e me dediquei a compor e fazer trabalhos on-line. Entre uma 'folga' e outra no cenário epidemiológico da covid, fui para o estúdio gravar o disco", relembrou.

A cantora reforça o convite e dedica esse show às pessoas que acreditam na ciência, pois foi nesse contexto que o álbum nasceu. "Lançamos no começo deste ano, ainda apreensivos com tudo o que vivemos. Agora será minha primeira vez no teatro como cantora. Já tenho carreira como atriz, mas cantar no teatro será um desafio imenso. A emoção e a ansiedade tomam conta. Ainda assim, o show é para pessoas que acreditam na ciência e que estejam vacinadas, por isso é importante comprovar a vacinação na entrada", finalizou.