Velório de Jô Soares está sendo restrito a familiares e amigos próximos

O corpo do jornalista, humorista e apresentador Jô Soares está sendo velado em uma cerimônia fechada em São Paulo. A cerimônia, discreta e aberta somente a amigos próximos e familiares, acontece na Funeral Home, uma casa de velórios no bairro paulista Bela Vista. Entre as primeiras pessoas que compareceram para prestar sua última homenagem ao artista estiveram o casal Drauzio Varella e Regina Braga e o apresentador Tiago Leifert.

Outros famosos, como Zélia Duncan, Juca de Oliveira, Serginho Groisman, Daiana Garbin, Juca Kfouri, Nilton Travesso e João Carlos Martins também estiveram no local.

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A ex-mulher de Jô Flávia Pedras, informou o falecimento do artista aos seguidores por meio das redes sociais na manhã desta sexta-feira (5). "Faleceu há alguns minutos o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares. Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados. O funeral será apenas para família e amigos próximos", escreveu Flávia Pedras.

Ela pediu aos fãs do apresentador que fizessem um brinde, como pudessem, em homenagem à história de vida dele. "Assim, aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem, façam um brinde à sua vida", escreveu.

A causa da morte de Jô não foi revelada. Adriane Galisteu, vizinha do humorista, contou em entrevista ao Balanço Geral Manhã, da Record TV, que ele enfrentava alguns problemas de saúde e que estava fazendo um tratamento complicado.

O apresentador estava internado desde o último dia 28 no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Por decisão dele, os problemas de saúde não foram divulgados à imprensa. Sabe-se apenas que ele havia sido internado para tratar de uma pneumonia. A família também não informou a causa da morte.

Quem era Jô Soares?

Considerado um dos maiores nomes da TV brasileira, José Eugênio Soares ou simplesdente Jô Soares, nascido em 1938, foi um apresentador, humorista, ator, músico, escritor, dramaturgo e diretor brasileiro. Natural do Rio de Janeiro, Jô Soares era filho único do empresário Orlando Heitor Soares e de Mercedes Leal Soares. Aos 12 anos, mudou-se com a família para a Europa, onde pensou em seguir a carreira diplomática, inclusive, se tornou poliglota. Entretanto, com o tempo, o talento e o amor pela arte falou mais alto.

Em 1956, de volta ao Brasil, Jô estreou na TV participando do elenco do programa a Praça da Alegria, transmitido pela Record, onde ficou por 10 anos. Mais tarde, conquistou ainda mais notoriedade ao contracenar ao lado de grandes nomes artísticos no Grande Teatro Tupi, programa exibido na extinta TV TupiReprodução/TV Globo/Cedoc

Em 1960, foi contratado pela Record, onde integrou o elenco do programa humorístico A Família Trapo. Inicialmente, Jô apenas escrevia o roteiro – seu parceiro era Carlos Alberto Nóbrega. Depois, ganhou um papel: o mordomo Gordon.

Em 1970, estrelou o programa Faça Humor, Não Faça a Guerra, na TV Globo. Três anos depois, participou de Planeta dos Homens, onde permaneceu até 1981, quando começou a se dedicar ao próprio programa: Viva o Gordo.

No programa idealizado para ele, Jô mostrou o talento nato dando vida a uma série de personagens como Capitão Gay, Reizinho e Zé da Galera. Apesar do sucesso, em 1987, o apresentador assinou com o SBT para seguir um sonho: apresentar um programa de entrevistas.

Denominado Jô Soares Onze e Meia, o programa foi transmitido entre 1988 a 1999. Na ocasião, Soares realizou centenas de entrevistas com grandes personalidades nacionais e internacionais. Em 2000, retornou à Globo e passou a comandar o Programa do Jô, que se tornou um verdadeiro sucessoReprodução/TV Globo/Cedoc

Concomitantemente à carreira na TV, Jô também lançou livros e escreveu para jornais, como O Globo e Folha de S.Paulo, e para revistas, como a Manchete, por exemplo. Entre 1989 e 1996, assinou uma coluna na VejaReprodução/TV Globo/Cedoc

O vasto currículo ainda carrega direções e atuações em peças de teatro onde Jô produzia monólogos marcados pelo tom cômico e crítico, com sátiras da vida cotidiana e política do Brasil.

(*Estagiária Painah Silva, sob supervisão do coordenador de Conteúdo de Cultura, Abílio Dantas)