"Tainá e os Guardiões da Amazônia” reúne crianças e adultos em Belém pela defesa da floresta
CULTURA 'É uma grande honra para nós realizarmos essa pré-estreia na COP 30', destaca a produtora Virginia Limberger
Quem começou a descobrir o mundo por meio de histórias lidas em livros ou conferidas em filmes, na companhia dos pais, familiares ou amigos, sabe como isso foi e é bom para toda criança. Em especial, quando se trata de preservar o meio ambiente, ou seja, as florestas, mares, rios, plantas e animais, e, assim, buscar garantir um futuro melhor para todos no Planeta. Em plena realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), os pequenininhos e seus pais, familiares e amigos em Belém vão poder assistir a uma boa história: "Tainá e os Guardiões da Amazônia - Em busca da Flecha Azul". Esse longa de animação vai ter uma pré estreia oficial nesta quinta-feira (13) na Casa BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), no centro da capital paraense.
E o filme chega a Belém com o respaldo da ótima recepção da crítica e de passar pelos tradicionais Festival do Rio e Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis (SC). A pré-estreia ocorrerá em um cenário mais que simbólico: a Casa BNDES na COP30, localizada no recém-restaurado Complexo dos Mercedários, bem próximo do Ver-o-Peso, cartão postal de Belém e maior feira a céu aberto da América Latina. Em outras palavras, a Casa fica nas "entranhas" da cidade que recebe visitantes de diversos países do mundo.
"É uma grande honra para nós realizarmos essa pré-estreia na COP 30. É uma ação cultural repleta de simbolismos, de apoio à preservação da Amazônia. Acreditamos de coração que histórias como Tainá fortalecem o orgulho de ser brasileiro. Esperamos contribuir para que essa nova geração cresça conhecendo, amando e cuidando da floresta, que é parte de quem nós somos", destaca a produtora Virginia Limberger.
Virginia ressalta acreditar no poder das histórias para transformar a forma como as pessoas veem o mundo. "Produzir um longa de animação como esse é investir em educação ambiental, identidade cultural e esperança, além, claro, de ser uma diversão para as crianças. A floresta é um patrimônio de todos nós, e a Tainá é uma personagem que desperta o orgulho de ser brasileiro e o sentimento de pertencimento à Amazônia. Esperamos contribuir para que essa nova geração cresça conhecendo, amando e cuidando da floresta que é parte de quem nós somos", diz.
O "coração da história", como diz Virginia, é despertar a Tainá no interior das pessoas. “Ao acompanhar sua jornada, crianças e adultos se conectam com valores como o amor pela floresta, o cuidado com os outros seres e a responsabilidade de proteger o planeta. Que a 'Tainá' que existe em cada um de nós desperte, inspire e aja", pontua.
A presença da Fafá de Belém se deu por meio de "um encontro natural, simbólico e que amamos", como frisa Virginia. "A Fafá traz para o filme a força da sua voz, mas também sua doçura e seu amor pela terra".
"Quando pensamos na Mestra Aí, a sábia e ancestral bicho-preguiça que guia a Tainá, a Fafá surgiu como uma escolha imediata: uma artista paraense com uma voz acolhedora e ao mesmo tempo poderosa, capaz de transmitir toda a emoção e a sabedoria da personagem. E o próprio desenho da Mestra Aí foi livremente inspirado na Fafá: a gente optou pela referência do cabelo branco lindíssimo dela, por exemplo", declara a produtora Virginia Limberg.
Guardiões
Tainá e os Guardiões da Floresta parecem mesmo sair das poltronas do cinema e das casas e locais de Belém como sede da COP 30 para vivenciar uma grande aventura. Isso porque a animação traz uma mensagem expressiva sobre a preservação da Amazônia e o protagonismo dos povos indígenas e da floresta, temas alinhados à Conferência do Clima.
Tudo começa quando uma ancestral bicho-preguiça com voz original pela cantora paraense Fafá de Belém, treina a jovem Tainá (Juliana Nascimento) para se tornar Guardiã da Amazônia. Mas, ao perder a antiga e mágica Flecha Azul, que guia os que têm o destino de serem os Guardiões da Amazônia, colocará seu futuro em risco.
Ao longo desta viagem para tentar recuperar a Flecha Azul, Tainá vai conhecer seus amigos inseparáveis: Catu (Caio Guarnieri), um macaquinho encrenqueiro; Pepe (Yuri Chesman), o sábio urubu-rei; e a charmosa ouricinha Suri (Laura Chasseraux). Juntos, eles se tornarão os "Guardiões da Amazônia', sempre prontos a ajudar os animais, proteger e cuidar da floresta. Terão como missão encontrar a Flecha Azul e impedir que um grande mal – o terrível Jurupari - queime a floresta e destrua toda a Amazônia.
Ao longo dos anos 2000, a história de Tainá marcou uma geração de crianças. Levou um grande público aos cinemas para assistir aos três longas dessa personagem. Depois, a Tainá ganhou uma série de animação, que só no canal do Youtube já teve mais de 20 milhões de visualizações, além de um curta-metragem, livros e histórias em quadrinhos. O novo filme faz parte do mesmo universo da série animada e conta como os personagens verificados nos episódios se conheceram. "Tainá e os Guardiões da Amazônia - Em busca da Flecha Azul" tem direção de Alê Camargo e Jordan Nugem e roteiro de Gustavo Colombo.
A produção é da Sincrocine Produções e coprodução de Tietê Produções, Hype Animation, Brisa Filmes, Claro e RioFilme, órgão da Secretaria de Cultura da Prefeitura do Rio. O filme tem codistribuição da RioFilme e distribuição da Paris Filmes.
A Sincrocine é uma produtora independente com mais de 40 anos de história e um portfólio robusto de 27 longas-metragens, além de documentários, curtas e peças teatrais, incluindo a icônica "Piaf", estrelada pela lendária Bibi Ferreira. A produtora é criadora da premiada trilogia infantil "Tainá" (2000, 2005 e 2013), com mais de 23 prêmios nacionais e internacionais, e da série animada em duas temporadas "Tainá e os Guardiões da Amazônia" (2019 e 2024).
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