'Somente a Verdade' abre arquivos de casos de polícia no Pará e escritor define: 'Maravilhoso'

Primeiro episódio da série documental do Grupo Liberal trouxe detalhes da rebelião que marcou o fim da trajetória de 'Ninja' e o fechamento do presídio São José

João Thiago Dias

Foi bastante elogiado pelo público que acompanha os veículos de comunicação do Grupo Liberal o primeiro episódio da série documental "Somente a Verdade - Histórias de Polícia". O produto audiovisual estreou na noite da quinta-feira (11) na área de vídeos do portal OLiberal.com. O primeiro episódio, "São José e os libertos - a história de Ninja", narra a história do espaço São José Liberto, que funcionou como presídio até o ano de 1998, quando uma violenta rebelião terminou com a morte do detento mais célebre do lugar: José Augusto Viana David, o "Ninja".

Assista abaixo ao teaser do primeiro episódio:

 

 

. VEJA O EPISÓDIO COMPLETO AQUI

Advogado, escritor e colunista do Liberal, Fernando Gurjão Sampaio, conhecido como Tupiassu, disse que foi um "pontapé" maravilhoso para criar uma cultura de narrativa importante para o Pará. "As pessoas precisam conhecer esses episódios, porque é uma tendência mundial que ganha mais força para narrativa do 'true crime'. É um assunto que ganha interesse das pessoas", avaliou.

A mudança na forma de tratar a temática da cobertura policial chamou a atenção do advogado. Ele disse que algumas situações tidas como normais à época em que o episódio se passou tornaram-se inaceitáveis atualmente. "A gente tá ali, narrando a existência de uma prisão de segurança máxima, no centro da cidade - ficava a dois quarteirões da casa da minha avó. Ali tinha crianças indo para o colégio, passando ao lado do presídio e com os presidiários na janelas pedindo chiclete e mandando cartas", observou.

"O que mais chama atenção na narrativa, tirando toda a violência da rebelião e todo o animalesco, a monstruosidade do que aconteceu na fatídica rebelião que pôs fim ao presídio São José, é que, em um dado momento nós já tivemos essa normalidade, do presídio estar ali, incrustado no centro da cidade", acrescentou. Ansioso pelos próximos episódios, Fernando Gurjão ainda sugeriu que seja feito um episódio estendido sobre o presídio, a rebelião e seu personagem mais emblemático: Ninja.

A servidora pública Emelin Sousa assistiu ao primeiro episódio por curiosidade, pois já chegou a pesquisar sobre o caso. "Ficou no imaginário do belenense essa rebelião, seja por ter sido televisionada, seja pela proximidade do presídio com a população. Quando vi que o primeiro episódio seria com o líder dessa rebelião, aguçou minha curiosidade e assisti na hora, ainda na live", relatou.

Ela ficou impressionada com as imagens. "A violência, infelizmente, é algo que chama atenção. As imagens tão fortes e impactantes mexeram comigo. Casos como esse fazem parte da história de Belém. Para além de trazer curiosidade, devem servir de exemplo para que não ocorra mais. Só ontem soube que o Francenildo, possível assassino do Ninja, era menor de idade e, por isso, nem devia estar naquela cadeia", contou a servidora pública.

Como sugestão para os próximos episódios, Emelin disse que gostaria de ver o caso dos meninos emasculados de Altamira. Ela também sugeriu que a série possa ganhar mais tempo de duração. "A narrativa dessas histórias de crimes reais que aconteceram no Pará são fundamentais. Pode servir de base para o estudo da sociedade paraense e fazer com que as novas gerações voltem a ter interesse pela história do país, para que possam, também, entender como as coisas chegaram no ponto em que estão".

"Somente a Verdade - Histórias de Polícia" relata casos policiais que marcaram Belém e o Pará que tiveram cobertura jornalística pelos veículos de comunicação do Grupo Liberal. Será exibido um episódio a cada mês. Nos próximos, entre os diferentes casos que serão abordados na primeira e nas temporadas seguintes, está a história de Quintino da Silva Lira, a morte dos deputados Paulo Fontelles e João Batista, o caso dos "irmãos Mapará" e do "Monstro da Ceasa", entre outros.

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