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Sacrifício, dedicação e suor na trilha do sucesso dos bailarinos

Bailarinos superam adversidades para atingir o sonho da profissionalização

Vito Gemaque
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A trilha do sucesso para um bailarino não é feita somente de aplausos e flores. Conseguir lugar no corpo de baile ou ser bailarino solista em uma companhia profissional exige um sacrifício, dedicação e horas de suor. O balé é considerado uma atividade física de alto rendimento, que se compara aos esportes profissionais. Os paraenses ainda enfrentam a falta de incentivo do Estado e da iniciativa privada para atingir a profissionalização.

Assim como a menina Maria Victória do Rosário, de 11 anos, outros jovens estudantes de balé fazem coletas para conseguir recursos para viajar. Quase todos buscaram patrocinadores sem sucesso. As escolas de Belém incentivam os alunos como podem. Segundo a proprietária da escola onde Vic estudou no último ano, Paula Lisboa, o apoio da família é fundamental. Victória e a família vendiam canetas, e a escola realizava eventos para angariar fundos. “O apoio da família é tudo. O balé é uma arte cara, e quando não tem apoio da família fica ainda mais difícil”, destaca Paula.

O sonho de conquistar espaço em uma grande companhia mundial exige muita disciplina, preparo físico e estudo. Entretanto, o ambiente onde o bailarino nasce e cresce pode ter influência decisiva na sua vida. O jovem bailarino paraense Marco Yago di Gonzaga, de 22 anos, egresso da Escola de Teatro Bolshoi no Brasil, alcançou o posto mais alto no balé como solista da Ópera e Balé do Teatro de Perm, na Rússia. Ele só conseguiu isso por se mudar para Joinville com 12 anos.

 “Como em Joinville o balé está se culturalizado, as pessoas vão ao teatro uma vez ao mês. O Bolshoi é uma das melhores escolas, e por eles fazerem essas audições em escolas públicas e escolas de balé de Joinville acaba aproximando as crianças”, diz. O Bolshoi garante bolsa integral e condições para todos os estudantes.

A saudade de ficar longe de casa e a rotina diferente foi o desafio para o concluinte do Bolshoi o paraense Davi Franco, de 19 anos. “Minha família ficou toda em Belém. A primeira dificuldade foi sair de casa sozinho, nunca tinha morado fora, nunca tinha morado longe da minha família. A segunda foi conseguir entrar carga horária e na rotina, que eu não estava acostumado. Era algo que deixava exausto e cansado”, relembra.

Agora Davi sonha com a oportunidade de ingressar para a Companhia Jovem do Bolshoi Brasil e um dia se apresentar para a família. “Eles nunca vivenciaram minha vida aqui, digo para minha mãe que imagino todos os dias eles me assistindo na plateia que é a algo que ainda não aconteceu para eles poderem ver no que eles me colocaram no que eles me ajudaram a construir a realizar”, espera.

Leia também: Paraense selecionada pelo Bolshoi faz vaquinha virtual para se mudar para Santa Catarina

 

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