Paraense faz parte de ópera La Fanciulla del West de Giacomo Puccini

O espetáculo está sendo exibido no Theatro Municipal, em São Paulo.  

Bruna Dias
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O baixo paraense Andrey Mira, residente em São Paulo está compondo o elenco da ópera La Fanciulla del West de Giacomo Puccini. Ele faz parte do elenco único do espetáculo.

O paraense dá vida a Ashby, que está a serviço da Agência de Transportes Wells Fargo. Preocupada com os prejuízos cada vez maiores causados ao seu comércio pelos bandos de assaltantes de estradas, a empresa atribuiu uma grande recompensa para quem pegasse o chefe de bando, Ramerrez.

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Ashby usa roupas de São Francisco, um pouco gastas pelo uso e pelas viagens e aparenta um ar jovial e enérgico, ele consome bastante bebida alcoólica, mas não se embebeda.

“É de tamanha importância estar participando desta montagem que é apresentada pela primeira vez no Brasil. Assim também como para minha carreira, pois também é o meu debut como Ashby em La Fanciulla del West”, disse o artista.

Com um timbre potente e dramático, Andrey se destaca por fazer parte de uma grande safra de baixos da atualidade. Recentemente compôs o elenco da ópera O Guarani, apresentada também no Theatro Municipal.

A ópera La Fanciulla del West foi composta para ser estreada no Metropolitan Opera, em 1910, e agora chega, pela primeira vez, ao palco do Theatro Municipal. A trama, advinda de uma peça teatral homônima de David Belasco, se passa durante a corrida do ouro norte-americana e tem como cenário um campo de mineradores no qual bandidos, trabalhadores oprimidos, um xerife cruel e uma única mulher de caráter fortíssimo vivenciam questões universais como o amor, a saudade, o assédio, a justiça e, por fim, o perdão.

Musicalmente, esta ópera tardia entre as produções puccinianas está entre os momentos de maior inspiração do compositor, que faz uso de diversos motivos rítmicos e melódicos que remetem à couleur local do faroeste americano. La Fanciulla del West (A Garota do Oeste) nos brinda ainda com uma das árias para tenor entre as mais belas de todo o repertório (Ch’ella mi creda libero e lontano), intensas passagens de coro masculino e um personagem feminino de grande densidade vocal, Minnie.

Andrey Mira mora há seis anos em São Paulo, mas a relação com a cultura paraense é estreita. Ele iniciou sua trajetória na música aos 15 anos de idade na EMUFPA (Escola de Música da UFPA), na classe da professora Márcia Aliveti.

Em 2016, Andrey se tornava vencedor do 14º Concurso Maria Callas, um dos principais concursos de música erudita do país. Dois anos depois, ele retornou ao Pará, para participar do festival de ópera do Theatro da Paz.

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