Palacete Pinho vai inaugurar Casa das Artes para estudantes em Belém

O novo núcleo de artes ocupará espaços no Palacete Pinho com o desenvolvimento de atividades educacionais para estudantes

Bruno Menezes | Especial para OLiberal

Prevista para o final de janeiro, a obra de reforma do Palacete Pinho é um dos projetos mais simbólicos para a cultura de Belém e que foi anunciado como presente de aniversário da capital pelos seus 408 anos. Além da reforma estrutural, o prédio histórico ganhará um Núcleo de Artes, que será coordenado pela Secretaria Municipal de Educação (Semec).

Chamado também de Casa das Artes, o espaço inédito se trata de uma renovação da visão artística sobre o Palacete Pinho, que promoverá o desenvolvimento de atividades educacionais com estudantes de escolas da capital. A casa das Artes será gerida pelo Núcleo de Artes, Cultura e Educação (Nace), criado pela prefeitura de Belém em junho de 2021.

Cinema

A 7ª arte estará bem representada na Casa da Cultura. Um dos espaços do palacete irá funcionar como uma sala de cinema e receberá o nome de Dira Paes, em homenagem a atriz paraense que faz sucesso em diversos produções das artes cênicas.

Segundo a secretária municipal de educação, Araceli Lemos, que visitou recentemente as obras no palacete, além do cinema, a reforma no prédio compreende a entrega de brinquedoteca, o salão principal e as áreas externas com deck e administrativas.

A ideia é que a Casa da Cultura não seja apenas um espaço para a apreciação da arte, mas também, de produção da arte como um centro de criatividade para a educação. O objetivo é garantir ao Palacete Pinho uma função social, unindo à reconhecida importância histórica do prédio tombado.

Ainda de acordo com Araceli Lemos, o prédio histórico será integrado por atividades artísticas de todos os tipos. “O Palacete será uma grande escola de artes com espaço para música, teatro, dança, cinema e para as mais diversas e plurais manifestações artísticas, um conjunto de atividades que integra a política da gestão municipal de incentivo à cultura”, ressalta Araceli.

A intenção é que as diferentes artes ocupem espaços dentro do palacete, para o desenvolvimento de atividades educadoras e dinâmicas da Semec.

A criação da Casa da Cultura no Palacete Pinho é uma das novas perspectivas da Semec, após a adesão de Belém ao programa de Educação Integral de Tempo Integral do MEC. Com a criação de uma Escola de Artes, a gestão municipal pretende atender as escolas e encaixar estudantes em 35 horas semanais de artes visuais, música, teatro e dança.

Investimento

As obras de reforma do Palacete Pinho começaram em dezembro de 2022 e compreendem um investimento de R$ 5 milhões para a revitalizam do prédio histórico. Recentemente, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, realizou uma visita técnica às obras de reforma. A secretária de Educação, Araceli Lemos, também acompanhou a avaliação do trabalho de restauração no local.

Edmilson Rodrigues vê a reestruturação do palacete como um marco para a desenvolvimento da cultura e da educação em Belém, que terão um novo espaço para integrar as crianças.

“O palacete já foi espaço de realização de grandes saraus, de grandes festas. Agora, ele é do povo de Belém, pertence à educação de Belém. Sob a coordenação da Semec teremos as crianças da periferia estudando todas as artes no Palacete Pinho, que será conhecido como Palacete Pinho das Artes”, celebra.

A previsão é que a obra esteja entregue até o final de janeiro, mas com previsão de reinauguração oficial para o dia 2 de fevereiro.

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

O Palacete Pinho é um dos exemplares mais característicos que marcaram, nos fins do século XIX, o ápice econômico proveniente do Ciclo da Borracha. Desde o início da sua ocupação pela família do Comendador José de Pinho, responsável por sua construção, foi palco de constantes manifestações culturais em Belém.

A estrutura do prédio adota um partido arquitetônico comum em Portugal nos séculos XVII e XVIII, mas raro no Brasil, que vem da influência dos palácios e vilas italianas do século XVI.

Logo após sua inauguração, o palacete se transformou em um local de intensa atividade social, cultural e política, cedendo o seu espaço para a realização de grandes festas e constantes manifestações culturais.

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