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'Obrigada por tudo': espetáculo leva ao Teatro Waldermar Henrique comédia dramática Drag Queen

O espetáculo reúne 15 atores e atrizes traz o humor, mas aborda questões relacionadas a homofobia, violência doméstica

Emanuele Corrêa

A atmosfera Drag Queen invadirá o palco do Teatro Waldemar Henrique entre hoje (16) e o próximo domingo (19), sempre às 19h, com o espetáculo "Obrigada por tudo". A peça é inspirado no filme "To Wong Foo, Thanks for Everything" - em português, Para Wong Foo, Obrigada por tudo - e conta a história de três Drag Queens que, após uma concurso, ganham passagens para Los Angeles (EUA) para competirem no maior concurso de Drag Queens. Mas decidem vender as passagens e fazer a viagem de carro, onde se perdem e param em uma cidade interiorana tradicional.

A direção teatral é de Ligia Coêlho, do grupo Caixa de Teatro e o elenco que dá vida às Drags protagonistas é formado por Rafitah Cunha (Vida Boheme), Pedro Ribeiro (Noxeema Jackson) e Kauã Marques (Chichi Rodriguez). Ao todo, o espetáculo tem 1h30 e reúne 15 atores e atrizes no palco.

Ligia explica que a adaptação paraense apresenta uma comédia dramática sensível e divertida e que apesar da obra ser ambientada nos Estados Unidos, é impossível não incluir elementos da cultura paraense.

A construção das personagens Drag Queens foi feita por meio de laboratório cênico e o processo de ensaios durou três meses. A diretora revela que dois atores no elenco já performam Drag na cena paraense. "Os protagonistas tiveram que fazer laboratório de Drag Queen durante o processo de ensaios, tendo assim que conhecer um pouco sobre maquiagens, figurinos, andar de salto alto, ter mais delicadeza e feminilidade, como também utilizar perucas. Baseando-se tudo isso, principalmente, nas personagens do filme", comentou relembrando o processo.

image Rafitah Cunha (Vida Boheme), Pedro Ribeiro (Noxeema Jackson) e Kauã Marques (Chichi Rodriguez) são as Drag Queens do espetáculo "Obrigada por tudo". ()

Rafael Cunha interpreta Vida Boheme e diz que a personagem foi construída baseada, em parte, na original, mas trouxe novos elementos para o corpo de Vida. "Depositei nela tudo aquilo que imaginei sobre a vida dela, desde a época em que assisti pela primeira vez o filme. A maneira de andar foi modificada. Esses comportamentos aconteciam em qualquer lugar durante o dia, principalmente, caminhando pela rua, almoçando ou lanchando, para que eu pudesse absorve-los bastante", declarou.

A diretora destaca que a arte Drag sempre esteve presente no meio artístico e que o contexto suscita outras pautas, que durante a década de 90 - quando passava o filme - eram tabus, no entanto, ainda em 2022 permeiam a sociedade. "Quis falar e mostrar um pouco do universo Drag Queen... Esse tema era um tabu e visto por muitos como algo não reconhecido ou valorizado como arte ou até mesmo um trabalho. Mas, principalmente, o lado LGBTQIA+ que sempre esteve presente na nossa história e que estará sendo representando durante o espetáculo", revelou.

"Os personagens mostram e vivem situações bem parecidas com a realidade de muitas pessoas que conhecemos, que passam por situações e momentos de preconceito e homofobia vindo de outras pessoas. No espetáculo será mostrado isso principalmente pelo xerife da cidade, que estará representando as pessoas que não respeitam ou a aceitam até hoje pessoas LGBTQIA+ e os tem como aberrações", complementou.

Ligia afirma que além das questões referentes a visibilidade LGBTQIA+, outras questões sociais a motivou, como a violência doméstica e a falta de empatia da sociedade. "O espetáculo [aborda] outras situações que fazem parte do dia-a-dia de muitas pessoas. Como a violência doméstica, o desprezo e principalmente a falta de empatia e humanidade com o próximo. [Devemos] Ser mais humanos e acolhedores com os que precisam de ajuda e muitas vezes vivem se escondendo, com medo e camuflando a realidade. É um texto que passará além de cenas divertidas, mas também, muita reflexão ao público", concluiu.

 

Serviço

Espetáculo: Obrigada por tudo!

Produção: Caixa de Teatro @caixadeteatro

Direção e adaptação: Ligia Coêlho

Local: Teatro Waldemar Henrique

Dias: 16, 17, 18 às 19h e dia 19 às 18h (domingo)

Ingressos: 40,00 inteira / 20,00 meia

Informações: 982954848 (Whatsapp)

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