Vanessa da Mata faz show de encerramento do VII Fecant, em Altamira

A artista fará a segunda apresentação pós-quarentena. No repertório, clássicos da carreira e as faixas do novo álbum, vencedor de disco de platina.

Enize Vidigal O Liberal

Vanessa da Mata volta à rotina de shows e uma das primeiras cidades privilegiadas pela turnê do álbum mais recente da artista, “Quando deixamos nossos beijos na esquina”, é Altamira, na região do Xingu. A cantora e compositora mato-grossense fará o show de encerramento do VII Festival Canção da Transamazônica (Fecant) neste sábado, 20. "Eu não poderia começar (pós quarentena) de melhor maneira”, celebra. O Fecant acontece desde a quinta-feira, 18, na Casa da Memória, com transmissão ao vivo pelo canal do Festival Canção da Transamazônica no Youtube, a partir das 20 horas.

Em entrevista exclusiva, Vanessa da Mata fala sobre o sucesso do álbum, a reconexão com a mãe, o despertar como artista plástica, o favoritismo pelo doce de cupuaçu, a expectativa em conhecer o outro extremo do rio Xingu, que nasce na terra natal da artista e, claro, a expectativa para o show, cujo repertório traz os clássicos “Ai Ai Ai”, “Boa Sorte”, “Amado”, “Ainda bem”, “Não Me Deixe Só” e o novo single com Falcão, “Nação dos Passarinhos”.

Assista:

“Pra mim é um marco, depois de tanto tempo escondida, presa, de repente a gente vai fazer um show com liberdade em um lugar tão exuberante, tão bonito, cheio de vida, colorido, rico. O rio Xingu faz parte também da minha terra ", conta Vanessa. Com quase 2 mil Km de extensão, esse rio nasce no Mato Grosso e desemboca no rio Amazonas, em solo paraense.

A produção para a recepção da artista na capital da Transamazônica, inclui uma lista de iguarias regionais: pirarucu, camarão seco, tucupi e cupuaçu. “Se eu conseguir uns doces de cupuaçu, que eu amo sempre, são os doces que eu mais gosto na vida, eu levo sim (pra casa), com certeza”, ressalta. “Como é que eu vou cantar com a pança? Vai ter que ter um gandula pra segurar”, se diverte.

Álbum

A turnê do "Quando deixamos nossos beijos na esquina", lançado em 2019, foi prejudicada pela pandemia, mas o novo álbum alçou voo alto entre o cenário de incerteza. O disco de platina brindou 45 milhões de plays e views. “Fiquei muito surpresa porque não conseguimos levar para as pessoas pessoalmente. A pandemia tinha notícias horríveis o tempo todo, que causava muito na cabeça das pessoas, mas eu acho que por causa disso também ele virou um alento”.

“Eu que produzi esse disco, foi muito tempo confeccionando as músicas todas, elaborando as texturas, a poesia dele. Isso foi seguindo de boca a boca mesmo, que eu acho que é melhor marketing que existe, é o mais real e sincero. Acho que ele seguiu sozinho por isso. Fiquei muito feliz”, completa.

Pandemia

Vanessa passou seis meses com os três filhos na casa da mãe, Sebastiana, em Alto Garças, onde nasceu, distante 5 Km de Cuiabá. “Ela (mãe) sempre trabalhou muito e eu vivia mais com a minha avó. Foi um momento de reconexão mesmo. Eu saí de casa com 14 anos para ir para Minas, dizendo que ia ser médica, mas ia cantar, porque meu pai (Divinor) não aprovava. E a gente não teve um minuto a mais para conversar. A gente refez uma relação e até se conheceu mais depois disso, e os filhos também, foi uma delícia”, revela.

A cantora também se descobriu artista plástica durante a pandemia. “Comecei a minha saga de pintura para não enlouquecer porque tenho que trabalhar, sou hiperativa. Foi uma atividade nova que me deu muito boa energia, foi renovador pra mim, uma nova expressão. E tudo junto: a imagem com o som e a escrita”. Mesmo com a flexibilização das regras sanitárias, Vanessa não parou de pintar e afirma que falta espaço em casa para guardar tantas telas.

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