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Nilson Chaves completa 69 anos neste domingo, 8

O cantor e compositor, ícone da música amazônica, acaba de lançar novo EP com músicas inéditas.

Enize Vidigal
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Nilson Chaves completa 69 anos neste domingo, 8. Ele segue internado no hospital de campanha do Hangar, mas não deixa de brindar o público com seu talento incomparável. Nilson acaba de lançar o EP “O Silêncio do Infinito” em parceria com o escritor, poeta e compositor carioca, Felipe Cerquize.

O projeto faz ponte para uma viagem musical entre Belém e Rio de Janeiro em dez faixas, sendo oito inéditas: “Destino”, “Alegre Abandono”, “Cisma”, “Silêncio”, “A Palmeira e o Sol”, “Extrema”, “Velho Desconhecido” e “O Silêncio do Infinito”. Além dessas, estão “Tudo por Nada”, que foi gravada pelo próprio Nilson no CD autoral “Amores” (2012); e “Possivelmente”, gravada pela cantora de Parintins, Márcia Almeida Novo.

As faixas já estão disponíveis nas plataformas digitais de áudio e no canal do Youtube de Felipe Cerquize. Ouça aqui e aqui e no Youtube.

Nilson morou no Rio de Janeiro de 1968 a 2008, mas a amizade com Felipe, que divide residência entre Campo Grande, no Rio de Janeiro, e São Lourenço, em Minas Gerais, teve início após o paraense voltar a Belém.

Na comunicação pela internet, os poemas de Felipe - que tem Cláudio Nucci, Márcio Borges, Philippe Baden Powell e Roberto Menescal entre seus parceiros - foram embalados pela melodias e voz inconfundíveis de Nilson.

“Começamos a compor nos últimos cinco anos. Os poemas do Felipe falam sobre humanidade, natureza, esperança, amizade...  O perfil do álbum segue a linha do meu repertório, não pensei em gêneros (rítmicos). Têm músicas de linguagem amazônica, mas também coisas pop, numa linguagem carioca”, resume o paraense.

O EP tem a participação de grandes músicos paraenses: Edvaldo Cavalcante (bateria), Adelbert Carneiro (baixo), Edgar Matos (teclados), Davi Amorim (guitarra e violão de aço) e Márcio Jardim (bateria e percussão), além do próprio Nilson, que assume o violão e a direção do EP.

"Quando eu não tiver mais nada pra dizer, não vou compor mais", diz Nilson

 “A gente tem o prazer de poder mostrar um trabalho musical que tem conteúdo. Eu costumo dizer que no dia que eu não tiver nada para dizer para as pessoas, eu não vou compor mais. A minha música tem que tentar dizer alguma coisa para as pessoas e os meus parceiros também”, destaca Nilson Chaves ao comentar o novo EP “O Silêncio do Infinito”.

A internação mudou os planos do artista, que faria uma live de apresentação do novo projeto com transmissão ao vivo direto da casa dele, em Belém, pelo perfil do Facebook, na última quinta-feira, 5.

A proposta era tocar cada faixa de “O Silêncio do Infinito” e comentar o processo de criação de cada uma delas, numa interação on-line com Felipe Cerquize, que estaria na residência dele, no Rio de Janeiro.

Nilson não queria lançar o projeto sem a live e, por isso, ainda não publicou o EP nos canais dele nas plataformas de áudio. Por enquanto, o trabalho está disponível somente nos canais de Felipe Cerquize.

“Temos a pretensão de fazer mais pra frente o CD físico, quando voltar à normalidade de shows, em 2021, e for possível fazer uma turnê (após a pandemia)”, comenta Felipe.

Trajetórias e amizade

image Felipe Cerquize (Divulgação)

Nilson Chaves, um dos célebres representantes da música amazônica, já assinou parcerias com personalidades como Joãozinho Gomes, Jamil Damous, Ana Terra, Ana de Holanda, Flavio Venturini e outros. Ao longo da carreira, ele lançou seis vinis, cinco DVDs, 18 CDs no Brasil, três CDs na Europa e um CD no Japão.

Enquanto Felipe Cerquize é autor e compositor premiado nacional e internacionalmente, com quatro discos lançados – incluindo “Integridade” (2018) fruto da parceria com Cláudio Nucci (2018) - e mais de 500 obras com parceiros como Ana Terra, Antonio Adolfo, Fernando Brant, Luhli, George Israel, Mano Melo, Márcio Borges, Murilo Antunes, Philippe Baden Powell, Roberto Menescal, Tavito, Felipe Radicetti e Sérgio Ricardo, entre outros.  Entre os livros que publicou estão os quatro volumes de “Pelos caminhos da Estrada Real”, com 10 mil exemplares vendidos.

“Percebi que ser paraense, sem dúvida, era um orgulho, mas, ser amazônico era muito mais intenso e apaixonante. Tenho prazer de me reconhecer amazônico”, declara o autor de “Sabor Açaí”. “O que mais admiro musicalmente em Felipe é a franqueza interior de sua poética”.

Cerquize retribui: “Para mim é um orgulho enorme fazer parceria com Nilson, pessoa de um talento enorme não apenas em termos de composição, mas qualidade vocal, gosto muito do trabalho dele que é fantástico. É uma oportunidade realmente fantástica”.

 

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