Natália Matos lança 'Começo e Fim' acompanhada de videoclipe

A cantora paraense Natália Matos lança nova música autoral "Começo e Fim" acompanhada de videoclipe. Essa é a segunda canção recém lançada pela artista, que prepara o terceiro álbum da carreira, com lançamento previsto para o ano que vem. "Começo e Fim" fala de lembranças e despedidas de paixões e sobre o processo solitário e de autoconhecimento que transformam a dor em empoderamento.

O single estreou nas redes sociais em voz e piano este ano, mas, nesse relançamento, ganhou nova interpretação e arranjo com banda e produção musical da própria cantora paraense em parceria com Chicão, integrante da banda de Gal Costa e do grupo Quartabê. A nova versão chegou às plataformas digitais há uma semana, mas somente nesta quarta-feira, 4, ganhou videoclipe com direção da própria cantora e também do roteirista e dramaturgo Leandro Muniz, que escreveu os longas "Meu Passado Me Condena", "Uma Quase Dupla" e é roteirista do programa "Lady Night", da Globo.

"No dia em que eu te conheci/ Você me mostrou a lua/ É sério/ Como posso esquecer?/ Não dá, pelo menos não agora/ Já joguei pro universo/ Mas ainda me pego aqui/ Agarrada na matéria de tudo o que/ Sobrou de nada", diz a letra da balada romântica. A lua, mencionada em "Começo e Fim" e que também surge no cenário do clipe, ressaltam a simbologia feminina do satélite natural, mas também fazem o elo com o single anterior lançado por Natália nesta nova fase musical: "Lua Namoradeira", um carimbó chamegado de autoria de Dona Onete, que foi gravado com arranjos de guitarrada pelo Mestre Manoel Cordeiro. O novo disco de músicas autorais e inéditas será lançado pelo selo YBmusic, com nova estética de arranjos que misturam o pop do segundo disco ("Não Sei Fazer Canção de Amor") e a latinidade do álbum de estreia (homônimo, pelo Natura Musical).

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O clipe foi gravado no edifício modernista da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "No clipe de 'Começo e Fim' optamos por construir um universo que fortalecesse os versos da canção sobre as memórias de amores vividos. Algumas são fugazes, outras se aderem à nossa essência, mas quase sempre falam mais de nós mesmos do que do encontro em si", descreve a cantora.

A lua, representada no cenário, aparece como um elo entre a personagem e a história pessoal da artista. "A textura da esfera de plástico nos ajuda na construção desse universo em que matéria e subjetividade convivem no mesmo espaço. Ora representa o encontro, ora o poder de transformação e renovação da personagem", explica Leandro.

O prédio traz a atmosfera da arquitetura admirada por Natália, que também é formada em Arquitetura e Urbanismo. "Essa música fala de memória e poder gravar num edifício histórico como esse, que abriga a primeira Faculdade de Arquitetura do Brasil, é uma alegria, poder explorar as texturas, os pilotis e os cobogós de uma construção moderna original de 1960. E, ao mesmo tempo, é triste ver de perto do abandono e do desmonte que tem atingido as universidades federais do Brasil, os profissionais da educação e patrimônio histórico."