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Festival Pisada de Fulô reúne mestres de boi-bumbá, tambor de crioula e carimbó

O show será no sábado, 10, na Praça Dalcídio Jurandir, na Cremação.

Enize Vidigal
fonte

A Praça Dalcídio Jurandir, no bairro da Cremação, ficará em festa no próximo sábado, 10, com o show de encerramento do 6º Festival de Cultura Popular Pisada de Fulô, a partir das 17h. Vão passar pelo palco os grupos Vozes de Fulô, Carimbó do Curuperé, Boi Travesso e o Tambor de Crioula Filhos e Amigos de Cururupú. O evento é gratuito.

Este ano, o projeto de promoção de intercâmbio cultural iniciou com lives de bate-papo os mestres João Quadros, do Boi Travesso, do bairro do Guamá; Moita, do Tambor de Crioula Filhos e Amigos do Cururupu, do bairro da Terra Firme; e Ronaldo Curuperé, do Carimbó Curuperé, da ilha de Mosqueiro. As lives foram transmitidas nos dias 29 e 31 de agosto, pelo canal do Youtube do Vozes de Fulô, grupo anfitrião do festival.

Nas lives, que estão gravadas e disponíveis para acesso, os mestres trouxeram uma reflexão sobre a realidade da cultura popular em Belém, os fundamentos, a longa trajetória, os desafios enfrentados e os sucessos colhidos.

“A gente já tem uma memória afetiva com essa praça. Justamente porque ela é pouco escolhida para fazer atividade cultural é que vamos levar o show pra lá. A comunidade precisa”, conta Maiara Almeida, produtora do festival e cantora do Vozes de Fulô. “Eu e o Maykon Ubiraji, que também é produtor do projeto, moramos nesse bairro, onde crescemos. Essa praça já serviu como local de ensaio nosso e de pisada com o mestre de São Paulo, Nenê, shows do grupo Axé Dudu, do Cedenpa (Centro de Defesa do Negro no Pará), e do Mestre Dimmi. A gente treinou capoeira e tocou pandeiro lá”, completa.

Show

O show do Festival da Cultura Popular Pisada de Fulô promete os ritmos do boi, carimbó, do tambor de crioula e também do chamado “coco amazônico”, tocado pelo Vozes de Fulô. Maiara explica que o ritmo nordestino ganhou influências nortistas com o uso de instrumentos locais, como a maraca e o curimbó, além do pandeiro, banjo e tarol. “A gente tem muitas influências do coco, do carimbó e outros ritmos, mas tocamos o coco do nordeste de forma peculiar, praticamente desenvolvemos um novo ritmo, com influências do carimbo, do samba de cacete e outros”, explica.

O Mestre Ronaldo Curuperé atua há 30 anos na cultura popular paraense como compositor, músico e artesão. O Mestre Moita, que é natural do Maranhão, veio para Belém ainda jovem, onde realiza o Tambor de Crioula Filhos e Amigos de Cururupú há mais de 40 anos. Já o Mestre João é compositor, cantor e pandeirista e há 42 anos contribuiu para a cultura popular sendo o responsável pelo Boi Travesso

O festival é realizado pelo Vozes de Fulô com o apoio do edital Prêmio Preamar de Cultura e Arte 2022, através da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), do governo do Pará.

Vozes de Fulô

O grupo foi fundado em 2014, a partir de pesquisas sobre os ritmos diversos da cultura popular de dentro e de fora da região amazônica, como o coco, maracatu, carimbó, samba de cacete, tambor de crioula, capoeira e samba de roda. O trajetória musical do Vozes de Fulô iniciou nas ruas, por meio do diálogo com os brincantes afrodescendentes dos quilombos periféricos de Belém. 

“A Pisada de Fulô, somos nós, enquanto povo da nova geração, trazendo os mais velhos para esse intercâmbio cultural com o nosso público que, querendo ou não, é uma juventude. É fazer esse intercâmbio entre o nosso povo preto, o nosso ‘quilombo Urbano’”, explica Maiara Almeida. 

Agende-se:

Show do Festival de Cultura Popular Pisada de Fulô

Dia: sábado, 10

Hora: a partir das 17h

Local: Praça Dalcídio Jurandir

Gratuito

 

 

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