Edir Gaya lança o álbum 'Liamba Jazz & Samba'

Edir Gaya, conhecido jornalista das redações de jornais, celebra 40 anos como compositor com o lançamento do primeiro álbum “Liamba Jazz & Samba”, neste sábado, 2. Com músicas gravadas por vários artistas ao longo da trajetória, Edir traz 15 canções no disco autoral, das quais ele assume os vocais em 11. O show de lançamento será no Espaço Cultural Boiúna, a partir das 22h. O disco chega no mesmo dia às plataformas de streaming.

Entre os artistas que já gravaram composições de Edir Gaya estão Déia Palheta e Adilson Alcântara (“Às Crianças Latinas”), Almino Henrique (“A História Verídica do Malandro que se Exilou na Cidade de Vigia por Motivos Óbvios”), Joelma Klaudia (“Povo Daqui”, essa com Cacá Farias, “Andaime”, com Paloma Amorim, e ”‘Em Menos de um Segundo”).

Ouça aqui.

Edir Gaya explica que as dificuldades de editar um trabalho musical autoral adiaram o projeto de lançar um álbum próprio. “Liamba Jazz & Samba nasce de forma independente. “Um trabalho musical autoral exige uma certa maturidade, eu sou um compositor intuitivo, não tenho formação musical formal, embora o meu trabalho tenha uma boa aceitação entre os músicos e as pessoas que curtem música popular”, avalia.

O álbum foi produzido ao longo de cinco anos, entre 2015 e 2020, no Guamundo Home Studio, sob a direção e a produção musical de Renato Torres, na casa da mãe dele, no bairro do Guamá, logo que ele iniciou o seu empreendimento. O lançamento sofreu atrasos em razão da pandemia pela covid-19. Mas, apesar dos atropelos, o envolvimento de artistas no projeto foi grandioso: mais de 40 músicos participaram da gravação.

O disco traz as participações especiais de Mário Moraes, cantando “Povo Daqui”; Walter Freitas em “Portal”, música dele com Edir; Olivar Barreto em “Perifeérico”, parceria de Edir com Renato; e Augusto Hijo cantando “Liamba”, poema do Bruno de Menezes que Edir musicou e que dá nome ao disco.

O poema “Liamba” está no livro “Batuque”, de 1931, que estreou o modernismo na Amazônia. Neste dia 2, o poeta paraense completa 59 anos de falecido.

Faixas

“A base do disco é o samba, mas a levada faz um mix com experimentações jazzísticas e do rock mais progressivo”, define Edir Gaya.

As canções do álbum foram produzidas entre a década de 80 e o início do século XXI. “É uma espécie de crônica musical do meu mundo periférico e, nesse aspecto, tem uma pitada de jornalismo na edição do trabalho, porque as letras retratam cenas desses espaços urbanos”.

A faixa mais antiga do projeto é “A história Verídica do Malandro que se Exilou na Cidade de Vigia por Motivos Óbvios”, de 1983. “A música tem esse nome porque, de fato, eu conheci, na Vigia, essa figura que havia saído de Belém pra não cair nas mãos de um delegado e fiz um samba, na primeira pessoa, onde essa figura explica o porquê do seu exílio involuntário, trazendo à tona figuras interessantes da Belém urbana de um passado não muito distante”, explica o autor.

A canção carro-chefe do projeto é “Liamba”, que junto com o jazz e o samba compõe o arcabouço da estrutura tríptica do álbum. A música homenageia Osvaldo Oliveira, o Vavá da Matinha, de quem Edir gravou o clássico “Desgosto”; assim como o pai do compositor, Carmélio Gaya, de quem gravou “Manuela”, uma canção feita em homenagem à mãe do próprio Edir; e Bruno de Menezes.

Show

No show de lançamento, Gaya vai estar acompanhado de Renato Torres (violão, guitarra, vocais e direção musical), João Paulo Pires (bateria), Jonatas Gouveia (contrabaixo), Rodrigo Ferreira (teclados) e Toninho Abenatar (saxone). Todos estão entre os participantes da gravação do disco..

Agende-se:

Show de lançamento do álbum “Liamba Jazz & Samba” de Edir Gaya

Dia: Sábado, 2

Hora: 22h

Local: Espaço Cultural Boiúna