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Discos de vinil resistem ao tempo com colecionadores aficcionados

Os LP's remetem muitos colecionados à memórias afetivas pelas músicas de outros tempos

Bruna Lima
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Qualidade de som à parte, o universo do vinil - ou  Long Play (LP) - é grandioso. Os amantes desse tipo de mídia têm diversos motivos para todo esse apego. Engloba experiência visual, tátil e intelectual. É só reparar nas conversas de colecionadores. Geralmente, não se limitam às músicas, mas tratam de histórias e peculiaridades que só eles sabem abordar.

O advogado José Maria Vieira é colecionador de vinil e tem mais de 1.800 discos de diversos gêneros musicais. Ele começou a coleção na década de 80, quando ainda era adolescente, por trilha sonora e depois mudou para música brasileira.

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Para ele, escutar um disco de vinil provoca sentimento de nostalgia. "O chiado me faz lembrar das primeiras vezes que escutei um vinil", diz o advogado. Outra singularidade que ele coloca é com relação a ficha técnica. "Você consegue saber quem são os músicos que tocam, o estilo de cada um, consegue identificar quando esse músico está tocando com outro artista e também entender mais sobre o estilo", pontua o advogado.

Outra observação do advogado é com relação ao conceito musical do artista no momento da gravação, já que é possível identificar a fase e os temas das músicas. "Ainda tem a questão do apego histórico mesmo, não é só a música em si. É ficar diante de uma mídia que não é mais tão usada. Isso é um pouco de resistência histórica", destaca.

O piloto de avião Antônio Barbedo é filho de cantora e sempre teve contato com a música, mas a paixão por vinil surgiu recentemente, há cinco anos, quando ele descobriu a magia da mídia. No dia das mães de 2013, ele deu uma vitrola de presente para a mãe, mas que, na verdade, foi um presente pra ele.

"Eu percebi que ela não usava a vitrola com tanta frequência e foi aí que comecei a mexer nos vinis dela e passei a me interessar. Fui pesquisar sobre o uso, os cuidados e a partir daí fui me aprofundando", conta Antônio.

Hoje, ele tem aproximadamente 500 discos, sendo a maioria de MPB, rock nacional e música paraense. Para ele, o maior apreço pela mídia é o resgate da memória. "Tem muitos discos que são da minha infância, presente da minha mãe. E quando eu pego nele tem história para contar. Essa é a beleza do vinil, pois junto com a música vem a memória", destaca o piloto de avião.

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Música
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