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Barão Vermelho lança álbum 'Viva' com Rodrigo Suricato no vocal

O grupo que já teve Frejat e Cazuza, lança álbum de inéditas aos quase 40 anos de carreira

Lucas Costa
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Com uma nova cara em meio a uma formação de veteranos, o Barão Vermelho parece feliz em mostrar ao mundo o resultado do seu novo trabalho - o álbum “Viva”, lançado em agosto deste ano. O novato Rodrigo Suricato assume os vocais que ao longo da quase 40 anos de banda já foram marcados pelos timbres de Cazuza e Frejat. “Viva” é o primeiro álbum com canções inéditas desde 1986, último com a voz de Frejat. Suricato se junta aos veteranos Guto Goffi (bateria), Fernando Magalhães (guitarra) e Maurício Barros (teclado).

Maurício, inclusive, é um dos fundadores da formação original do grupo, de 1981. Ele deixou de ser membro oficial em 1988, e embora tenha produzido, tocado e composto para o grupo desde então; retorna agora como membro oficial. Em entrevista ao jornal O LIBERAL, ele contou que após a saída de Frejat do grupo, em 2017, Goffi o procurou propondo um retorno.

“Decidimos juntar a banda, mas sempre tínhamos a questão de quem iria cantar, e sugeri o Suricato. Eu tinha feito um projeto com ele, e aí achei que ele era o cara indicado; o pessoal achou uma ótima ideia e o Suricato também topou na hora”, relembra. Com o time pronto, o Barão Vermelho então voltou aos palcos de forma triunfal, lotando o show de estreia no Circo Voador, no Rio de Janeiro. O repertório da turnê incluía sucessos da carreira e acabou rendendo um álbum com regravações na voz de Suricato.

O álbum em questão é “Barão Pra Sempre”, lançado em 2018, hits como “Pro Dia Nascer Feliz”, “Billy Negão” e “Por Você”. Maurício relembra que a nova formação foi sendo bem recebida pelo país. “Mesmo com aquela curiosidade e desconfiança de alguns fãs mais tradicionais, aos poucos foram percebendo que o Barão estava no palco novamente”, diz.

Em “Viva”, não é apenas com Suricato que o Barão Vermelho se mostra com vontade de dialogar com uma geração atual. Isto porque o disco conta com participações de Letrux, em “Pra Não Te Perder”; e do rapper BK, na faixa de abertura do disco, “Eu Nunca Estou Só”.

Antes de assumir os vocais do Barão Vermelho, Rodrigo já era um rosto conhecido do público brasileiro, isto porque foi finalista do reality show Superstar, em 2014, junto de sua banda. Depois de um tempo, Suricato seguiu carreira solo, e também lançou um álbum de inéditas em julho deste ano. Maurício conta que o objetivo inicial era de que os lançamentos não fossem assim tão próximos um do outro, mas disse que no fim das contas as coisas tem dado certo. 

“Na cabeça dele [Suricato] isso funciona de uma forma, não era para ser tão próximo assim. O projeto dele atrasou e o nosso também, e quando vimos, os lançamentos ficaram muito próximos. Sem dúvida não é algo desejável, até para poder dar tempo dele trabalhar e também com o grupo. Mas ele tá dando conta disso”, diz Maurício.

O Barão Vermelho chega com um álbum de inéditas em um cenário, onde a forma de consumir música é bastante diferente da que era no início da carreira do grupo. O número de vendas de discos deram lugar ao número de streams, e a quantidade de conteúdo disponível tem feito com que aos poucos, os singles e EPs ocupem o lugar de álbuns completos.

Maurício diz que o streaming é uma realidade, mas destaca que a remuneração ainda é um problema a ser resolvido. “Finalmente as pessoas criaram o hábito de pagar novamente para consumir um álbum novamente”, avalia. “Para nós foi muito importante lançar um álbum, porque a gente queria ter isso na discografia, e também nos afirmamos com nosso potencial do autores e arranjadores, que a gente sempre fez. Fazemos isso há 30 anos, e dessa vez com essa nova formação”, destaca.

Maurício, que também assina a produção do álbum, relembra que no início do processo a banda tinha pelo menos 30 canções prontas, mas decidiram lançar apenas nove. “Uma hora eu falei que era bobagem a gente colocar 10 músicas, até porque vamos pegar o crème de la crème desse momento que consideramos importante pra gente”, relembra.

Além da ideia de trazer a público apenas o que consideravam o melhor, Maurício conta que essa cultura de imediatismo, onde o costume de ouvir um álbum inteiro é menos comum, também motivou a banda a não lançar um álbum com tantas composições. “Daqui a um tempo a gente pode soltar uma música nova, não tinha essa urgência de fazer muita música que nem seria percebida. Até nos shows você não consegue incluir um disco inteiro de músicas novas, muitas vezes as pessoas querem ouvir os sucessos, que elas conhecem e fazem parte da trilha sonora da vida delas”, conta.

Animado com um álbum onde o grupo pôde contar histórias novamente, sobre “Viva”, Maurício diz: “A gente ficou satisfeito, tem tido receptividade, então a gente tá bem contente com o resultado. Esperamos que os fãs do grupo apreciem como a gente curtiu”.

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