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Bom Gosto celebra 20 anos com álbum que marca volta às origens e amadurecimento artístico

O projeto foi gravado no tradicional Restaurante Balbino, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro

O Liberal

Celebrando duas décadas de trajetória no samba, o Bom Gosto lança “O Samba Que Eu Vou” como um projeto que simboliza reencontro, amadurecimento e reverência às próprias raízes. Mais do que um marco comemorativo, o álbum surge, segundo o grupo, como um movimento consciente de “beber direto da fonte”, tanto na forma de compor quanto na escolha dos convidados. “É um álbum de volta às origens e de amadurecimento. Optamos por beber direto da fonte, desde a composição até os convidados, como Alcione, que nos influenciou na forma de interpretar, Zé Roberto na forma de compor e Carlos Caetano, autor do nosso primeiro hit nacional”, afirmam.

A frase que abre o disco, “Tá nas mãos de Deus”, resume o espírito que atravessa todo o trabalho e dialoga diretamente com a história do grupo. Para o Bom Gosto, a canção traduz a realidade de quem vive da arte no Brasil. “Sem dúvida, essa música representa a vida da grande maioria dos sonhadores que vivem da arte. Ela, junto com ‘Malandro Sou Eu’, traz a sensação de que realmente tudo valeu a pena”, destacam.

Gravado no tradicional Restaurante Balbino, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, o álbum resgata a atmosfera genuína das rodas de samba. A escolha do local não foi casual: o grupo quis reforçar a essência desse encontro cultural que sempre uniu música e convivência. “A gente quis mostrar a originalidade de uma boa roda de samba, que na sua essência sempre veio acompanhada de boa culinária. No Balbino, conseguimos criar essa atmosfera através da costela tradicional, unindo boa comida e um bom samba”, explicam.

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Com repertório que mistura músicas inéditas, regravações e pot-pourris clássicos, “O Samba Que Eu Vou” equilibra memória, tradição e novidade. O processo de curadoria, segundo o grupo, foi um dos momentos mais importantes do projeto. “A escolha do repertório é fundamental na carreira de qualquer artista. Desta vez, contamos com a direção artística de João Carlos Filho, cuja experiência e curadoria foram decisivas, tanto nas obras inéditas autorais quanto no cuidado com as regravações”, revelam.

Com mais de 900 milhões de streams acumulados ao longo da carreira, o Bom Gosto também reflete sobre as transformações no consumo de música sem abrir mão do samba de raiz. “Quando paramos para pensar nesses números, a ficha cai do tamanho da nossa trajetória, mas no dia a dia eles passam quase imperceptíveis. A mudança do analógico para o digital assustou, como tudo que é novo, mas acreditamos que foi uma mudança para melhor”, concluem.

“O Samba Que Eu Vou” chega como um trabalho que honra o passado, celebra o presente e reafirma o compromisso do Bom Gosto com a essência do samba, mantendo viva a tradição que os acompanha desde as primeiras rodas.