Filme “Iracema e o Brinquedo de Voar” será apresentado para o público paraense

O documentário será exibido pela primeira vez em TV aberta e também na tela do Cine Líbero Luxardo em uma sessão para convidados

O Liberal

A relação entre a artista, radialista e folclorista, Iracema Oliveira e a tradição dos Pássaros Juninos em Belém é ponto central do filme “Iracema e o Brinquedo de Voar”, do jornalista e documentarista Felipe Cortez. Neste final de semana, a produção será apresentada pela primeira vez em televisão aberta, exibido pela TV Cultura do Pará neste sábado (8), às 22h30 e domingo (9), às 21h30 para mais de 100 municípios do estado, durante o programa Moviola. No dia 10, o filme estará no Cine Líbero Luxardo, às 19h, mas dessa vez, em uma sessão especial destinada a equipe e participantes do documentário, com a presença especial de Iracema Oliveira, grande homenageada.

O documentário de 26 minutos começa quando Iracema conhece a tradição do Pássaro Junino aos sete anos e segue até quando ela completa 40 e poucos anos e se torna guardiã do Pássaro Tucano, por volta dos anos de 1981, 1982. “É a partir disso que a gente fala do Pássaro Junino pela voz da Iracema, passamos a conhecer a dramaturgia do pássaro e o funcionamento dessa história. Fazemos isso por meio de uma série de recursos, como entrevistas, cenas produzidas recentemente e de imagens de arquivo”, conta o diretor Felipe Cortez.

Ele lembra que o primeiro contato com a artista ocorreu em 2010 quando conheceu o Pássaro Tucano. “Precisava fazer um documentário para a faculdade, por isso entrei em contato com a Iracema, que não só me recebeu como me permitiu fazer esse documentário e me convidou para participar do Pássaro Tucano para que eu pudesse conhecer a brincadeira por dentro”, lembra.

A partir daí, ele ressalta que passou a entender melhor esse universo e a reunir material sobre o assunto. “Depois dessa experiência comecei a recolher arquivos, imagens, sons, fotos, registros de jornal de 2010 para cá e, com esse arquivo em mãos, já queria contar essa história há algum tempo. Por isso, resolvi escrever um projeto ano passado na lei Aldir Blanc no Edital de Multilinguagens e a gente foi selecionado para poder contar a história da Iracema em um documentário”, conta.

De tudo o conseguiu reunir sobre o tema, o diretor conta que o que mais chamou sua atenção foi a força de Iracema na área da cultura e sua contribuição ainda hoje para os grupos tradicionais do Pará e até mesmo de outros estados. “O seu amor pelas manifestações culturais ela compartilha com muita gente. Por outro lado, também me chamou atenção o fato dela ter herdado esse amor pela cultura popular do pai e como ela transmite esse amor para a família Oliveira. Uma espécie de empreendimento cultural, porque todos eles estão envolvidos de alguma maneira. A Iracema representa muito bem esse papel da família na cultura popular, porque a cultura popular se fortalece no tecido familiar”, avalia.

No filme, Iracema Oliveira faz um balanço da sua vida e reflete sobre sua relação com o Pássaro Junino, o contato com a cultura popular na infância, a morte da mãe e a entrada no colégio de freiras, entre tantas outras lembranças, bem como a importância do pai e artista popular Francisco Oliveira, autor de peças de Pássaros. A obra mostra ainda as mudanças experimentadas por essa cultura. “O Pássaro é uma tradição popular, é uma prova de que a nossa cultura é antropofágica e ela avança e evolui com o tempo. Do início do século 20 até o final passa a adquirir diferentes formatos. Antes tinha uma característica mais de brincadeira popular que eram os cordões, depois em contato com o teatro, rádio, cinema e televisão ele vai avançando e vai mudando e ganhando a forma que a gente conhece como teatro de pássaro”, diz.

Além da direção, Felipe também assina o argumento e roteiro do filme. A direção de fotografia é de Guilherme Paes Barreto, da Rec Filmes, e a consultoria da atriz, diretora, pesquisadora e dramaturga Ester Sá.

Agende-se: Exibição do filme “Iracema e o Brinquedo de Voar”, do jornalista e documentarista Felipe Cortez. Neste final de semana na TV Cultura do Pará. Sábado (8), às 22h30 e dia 9, às 21h30 para mais de 100 municípios do estado, durante o programa Moviola.

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