Festival de Bandas da Fundação Carlos Gomes chega no interior do Pará
Com o Festival, FCG visa incentivar e manter a tradição de grandes bandas do interior do Estado
Com o objetivo de incentivar e valorizar a música no interior do Estado, o Governo do Pará, através da Fundação Carlos Gomes (FCG), promove a edição 2021 do Festival de Bandas do Pará, em parceria com diversas prefeituras do Estado e bandas de música, para realizar oficinas com professores do IECG. Os concertos de encerramento acontecerão nos municípios de Vigia e Ponta de Pedras, que fazem parte das Regiões de Integração Guamá e Marajó, respectivamente.
Este ano, o convidado do Festival de Bandas é o maestro e professor Marcos Sadao Shirakawa, que vai ministrar a oficina de regência nos municípios de Vigia e Ponta de Pedras, onde ocorrerão os concertos de encerramento do evento. As próximas oficinas chegarão ao município de Marapanim. Nos dias 26 a 30 de outubro, os professores Harley de Souza (Saxofone), Elizeu Cordeiro (trompete), Thiago Lopes (clarinete), Ayron Yves Barata (flauta transversal), Denison Pastana (trombone) e Natanael dos Santos (manutenção de instrumentos de sopro) estarão com os alunos das bandas de música do município.
Segundo o diretor de ensino da FCG, Joel Costa, “é importante ressaltar que o festival tem um caráter mais pedagógico do que simplesmente um evento cultural. Geralmente, realizávamos em Belém, porém agora decidimos ampliar os locais de abrangência do projeto. Foi escolhido um repertorio muito diverso e interessante. Então o público de Vigia que já tem uma tradição muito grande de cultura das bandas pode ter certeza de que será um concerto de muita qualidade artística, haja vista que estamos escolhendo os melhores músicos, principalmente aqueles que mais se destacaram nas oficinas”, explicou.
Para Joel, “o Pará é um estado com uma diversidade cultural incrível e dentre essas variações que encontramos, temos a tradicional cultura das bandas, uma herança da presença dos jesuítas no Estado. Por exemplo, na região do Guamá, temos bandas com 140 anos de existência. Na década de 80, com a execução do projeto de interiorização pela Fundação Carlos Gomes, houve um desenvolvimento grande dessas bandas no âmbito musical, mas elas também cresceram muito quantitativamente. Hoje em Colares por exemplo, temos nove bandas, Vigia mais ainda e por aí vai. Isso foi fruto do trabalho feito pela FCG lá atrás e agora precisamos continuar contribuindo para que essa tradição possa ficar sempre viva”, ressaltou.
Ao vivenciar os desafios causados pela pandemia, o diretor não escondeu as dificuldades importas pelo coronavírus. “Já é desafiante organizar um evento como esse em uma circunstância normal, agora nesse período pandêmico, isso se torna ainda mais complexo. Além dos cuidados normais com a segurança, existe ainda a preocupação com os instrumentos de sopro que liberam partículas da saliva dos músicos. Então o cuidado é redobrado, não podemos deixar músicos compartilharem instrumentos. E no interior, existe essa carência de instrumentos, mas o que nos está dando a segurança para realizar esse evento é a vacinação avançada no nosso Estado”, celebrou.
“A música tem sido uma saída profissional muito importante para a maioria dos jovens carentes do interior e das grandes cidades, é um mercado de trabalho que pode transformar economicamente e socialmente a vida dessas pessoas. Então se pensarmos por esse lado, a música vem salvando vidas há muito tempo. O poder curativo dela é muito alto”, concluiu o diretor ao falar da importância de projetos como esse.
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