ENTREVISTA: Cultura de periferia deve ganhar mais espaço em editais da Fumbel em 2022

Presidente da Fumbel, Michel Pinho fala com exclusividade a Oliberal.com e anuncia um assento às aparelhagens

Enize Vidigal / O Liberal
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O presidente da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), professor Michel Pinho, antecipa que a cultura de periferia terá maior atenção em 2022. No primeiro trimestre, será lançado o edital de hip hop, junto com os editais de teatro e dança. Além disso, as aparelhagens irão ganhar uma cadeira no Conselho Municipal de Cultura. Sobre o Carnaval, está confirmada a suspensão dos eventos de rua devido à pandemia. Ainda não foi definido se haverá um evento virtual e o formato (se virtual, híbrido ou presencial) segue ainda mais incerto em relação à quadra junina. 

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A Fumbel investiu R$ 3,5 milhões, em 2021. Para o próximo ano, a expectativa é superior a R$ 6 milhões, considerando os incentivos já programados para o Carnaval, o São João e o Círio de Nazaré. “A indicação é lançar, no primeiro trimestre, o edital para teatro, dança e hip hop, que são áreas historicamente alijadas desse tipo de recurso o município. Vamos valorizar a cultura da periferia. Nosso norte é produzir e valorizar a cultura, dialogar com segmentos pra que a gente tenha uma cultura cada vez mais descentralizada”, ressalta. 

Assista a entrevista na íntegra:

Michel Pinho antecipa que está sendo proposta a criação de uma cadeira no Conselho de Cultura, órgão gestor do Fundo Municipal de Cultura, para as aparelhagens. Essa modalidade ganhou evidência recente com a gravação do clipe de Anitta em Belém e também com a apresentação de Karol Conká no Festival Psica 2021. “Essa cultura da periferia que nos alimenta tão bem nos últimos 50, 70 anos, passa a ter um lugar político dentro da gestão cultural do município para que essas pessoas possam pensar democraticamente os rumos da cultura de Belém”.

Para 2022, a Fumbel também guarda planos especiais para a continuidade de ações diretas no Palacete Bolonha, na Biblioteca Avertano Rocha, em Icoaraci, e também nas ilhas como ambientes de visitação pública e do desenvolvimento de espetáculos e de exposições. 

Do ponto de vista do patrimônio cultural, será entregue a 1ª etapa da restauração do Palácio Antônio Lemos, porém, ainda não será possível abrir ao público os ambientes do Museu de Arte de Belém (Mabe) e nem dos setores administrativos, onde funcionou o gabinete do prefeito. A 2ª etapa vai recuperar os ambientes internos.

Enquanto o Mercado de São Brás segue sem data para a restauração e a ocupação cultural devido ao impasse jurídico que se formou sobre a cessão do espaço a uma empresa privada, realizada pela gestão anterior. “Após a resolução do litígio, vamos tomar pé das condições e dos projetos para melhor ocupá-lo”.

Como serão Carnaval e São João em Belém em 2022

“Em 2021, tivemos graves problemas ligados à pandemia que nos imobilizou de fazer um grande carnaval e uma grande festa junina. Por isso, projetamos para 2022, a partir de abril e maio, com o arrefecimento em relação às doenças sanitárias que nos atingem, fazer uma cultura cada vez mais democrática e plural”, afirma. 

Com o “Carnaval o ano inteiro”, a Prefeitura de Belém investiu na cultura carnavalesca para além da data festiva. “Pudemos ter atividades intensas nos barracões, produzindo cultura, gerando emprego e comércio em Belém”. E com o edital “São João Teimoso”, grupos de toada, de quadrilha, de boi-bumbá, de pássaros juninos, de carimbó e para-folclóricos receberam subvenção para gravar as apresentações, que foram exibidas virtualmente. Com isso, foi possível ter um registro inédito em vídeo de várias modalidades da cultura popular belenense

 

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