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Em Mosqueiro, Eloi Iglesias realiza festa ‘Chiquita Verão’ neste sábado (26)

Artista promete agitar a Praia do Farol com uma programação extensa a partir das 18h até às 00h

Juliana Maia
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O cantor Eloi Iglesias realiza, neste sábado (26), mais uma edição da festa “Chiquita Verão”, na praia do Farol, em Mosqueiro. O evento realizado há 19 anos celebra a diversidade na Amazônia e antecede a 18ª Parada do Orgulho LGBTI+ do distrito, que será realizada no local, no dia seguinte.

Eloi Iglesias

Em clima de luau, o projeto considerado um "braço" da tradicional Festa da Chiquita - realizada anualmente em outubro – terá seis horas de duração, com convidados que chegam para agitar a noite. Ao lado de Eloi, o evento traz no palco os artistas Amandha Crystyna, Flores Astrais, Ry Ambe, Jotta C, Álec e Johann.

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Segundo Iglesias, a ideia é construir cada vez mais festas da chiquita e expandir o projeto para outros municípios, estados e países. Anteriormente, o evento já chegou a ser realizado duas vezes em São Paulo: na formação original e em uma versão universitária na Universidade de São Paulo (USP).

“A Chiquita vai completar 50 anos, vem antes de todos os movimentos nacionais, como paradas LGBTQIA+. Isso mostra como nós somos modernos. Ter uma festa da diversidade na Amazônia, há tanto tempo, é incrível. Mais especial ainda é poder celebrar o amor e a nossa alegria neste evento, que permite que as pessoas se sintam acolhidas para chegar e conversar sobre a sua vida e tudo o que faz parte delas.”

Esquenta para a Chiquita do Círio

O evento na praia do Farol foi construído para ser um espaço de resistência, amor e acolhimento, como a tradicional Festa da Chiquita, que este ano recebeu o prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

De acordo com Eloi, a “Chiquita Verão” vai amenizar a saudade de quem já aguarda a edição que acontece logo após a passada da berlinda na avenida Presidente Vargas, durante a trasladação. “Vamos levar ao público o gosto do que é a festa da Chiquita, para mostrar como celebramos a nossa existência. É um show que a gente faz com fervor e amor, já contando os dias para o mês de outubro. A comunidade LGBTQIA+ precisa mostrar que é livre e que não tem outra maneira de a gente ser”, diz o artista.

Eloi garante que o público pode esperar uma noite animada, cheia de clássicos que vão tirar o público do chão. “Vamos cantar ‘Pecados de Adão’. É quase impossível não ter essa música! Os veranistas também vão se animar com “Como uma Deusa”, porque todas são deusas nesse mundo. Vai ter uma galera muito legal, bonita e divertida no nosso evento. É um espaço aberto para todos que celebram a alegria, diversidade e o amor. A ideia é fortalecer as diferenças”, diz o cantor.

Homenagem para Preta Gil

No último domingo (20), a cantora Preta Gil morreu em Nova York, onde tratava um câncer no intestino. Para Eloi Iglesias, a edição deste ano também irá homenagear a artista, conhecida por com uma trajetória artística diversa e posicionamentos em defesa da comunidade LGBTQIA+.

“A gente infelizmente perdeu a Preta. Uma pessoa que sabíamos o quanto queria viver. Ela sempre levantou a nossa bandeira. Vamos cantar músicas dela como as do show ‘Noite Preta’ para homenagear e lembrar dessa pessoa que era bissexual e sempre andou de mãos dadas com o movimento LGBTQIA+”, explica Eloi.

Sobre a Festa da Chiquita

O evento foi criado na década de 1970 pelo sociólogo carioca, Luís Bandeira, como uma forma de celebrar a diversidade e à cultura do Pará. A festa, coordenada por Eloi Iglesias desde 1990, é realizada desde 1976 no sábado da trasladação que antecede o Círio de Nazaré, na Praça da República.

Inicialmente, a festa era chamada de Filhas da Chiquita ou Festa da Maria Chiquita. Este nome veio da famosa personagem das marchinhas de carnaval chamada Chiquita Bacana, a "mulher existencialista que só faz o que manda o coração".

Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e pela Lei Nº 9.025, de 17 de março de 2020, como patrimônio cultural imaterial do estado do Pará, o evento reúne centenas de pessoas com uma série de shows e apresentações de diversos artistas.

“Nós somos LGBTQIA+ e este é o nosso modo de viver, ser e de se mostrar para o mundo. Nós queremos construir uma sociedade justa, alegre e saudável. Todo ano, eu penso e visto os meus looks pensados para esta noite. Na nossa festa, seja a Chiquita de Verão ou a Chiquita do Círio, nós brilhamos e comemoramos a nossa existência, a vida das muitas pessoas LGBTQIA+ que vivem e resistem neste mundo”, enfatiza o artista.

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