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Crônicas sobre a pandemia

Escritor paraense lança livro com 100 textos escritos em 2020, um dos períodos mais tensos do mundo por conta da disseminação do coronavírus.

Alexandra Cavalcanti - Especial para O Liberal
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Enquanto a pandemia chegou a paralisar a produção de muitos profissionais das artes, que se sentiram desmotivados em grande parte do tempo, o escritor paraense H.G Neto conseguiu escrever um total de 100 crônicas em um dos períodos mais difíceis ocasionados pelo coronavírus, em 2020. O tema central delas, claro, foi às mudanças causadas no mundo pelo coronavírus. Agora todas elas foram reunidas e estão no livro “O catálogo das coisas específicas” (Crônicas, Populivros, 2021) que será lançado neste sábado (4), de 10h às 13h, na Casa das Artes.

Nas quase 250 páginas do livro, o autor expõe suas angústias, aflições, medos e incertezas desse período. “O tema central da crônica é, principalmente, a vida em meio à pandemia. Comecei a escrever em março de 2020 para poder aguentar essa pressão toda, com tantas mortes e o medo ao nosso redor, bem como o desgoverno que só fazia atrapalhar. Por isso, toda crônica que escrevi (e escrevo ainda) tem como tema isso, como viver em meio ao horror”, detalha o escritor.

Ele conta que conseguiu manter a rotina de escrever diariamente, sem grandes dificuldades. “Na verdade, essa parte foi bem fácil, porque peguei as crônicas em um blog que eu já escrevo, o tesourosempoeirados.blogspot.com. Meu editor que , por sorte e benção, também é meu pai, escolheu as crônicas de lá, e assim conseguimos o material”, conta. Já sobre a sobre disciplina para manter-se ativo nesse período, bastou as primeiras palavras. “O mais difícil é começar a escrever, depois, quando você estabelece um mínimo de publicações por semana, acaba sendo meio que uma rotina criativa, digamos assim”, explica.

Para não perder a criatividade, fundamental para a escrita, H.G Neto diz ter se inspirado na tristeza e no desespero por tudo o que via ao seu redor. “Eu penso que artistas em geral recebem muito essa emoção de perto, e não sabem lidar muito bem com isso, então transformam em arte, seja pinturas, livros e canções. Eu sigo essa escola, e é essa a matéria-prima”, garante.

A conquista dos primeiros leitores das crônicas aconteceu aos poucos. “No começo, foram bem poucas as leituras, quase que basicamente as pessoas que eu marcava no facebook. Descobri então uma rede social de fóruns ainda um pouco desconhecida do grande público, o ‘Reddit’, onde há fóruns de uma infinidade de temas. Encontrei ali os fóruns que tinham como temática o Brasil e Literatura, e comecei a divulgar meus textos.  Assim surgiu meu público, hoje em dia o número de leitores quintuplicou”, comemora.

Até esse momento, a ideia de transformar as crônicas em livro ainda não estava solidificada. “Eu realmente não imaginava que elas seriam um livro. Apesar de ter o rigor de escrevê-las como se fossem um original, não tinha ideia de fazer essa publicação, mas veio o convite pela editora Populivros, e como leitor das antigas, isto é, que não dispensa um bom livro físico em mãos, não pude deixar de abraçar esta oportunidade”, conta.

Com relação à escolha do nome do livro, o escritor diz que ela partiu do editor. “O título original seria, na verdade, ‘Corônicas’ como demonstração do tema principal dos textos. Contudo, uma de minhas crônicas tem como título principal ‘O Catálogo das Coisas Específicas’, e me foi sugerido usar esse título no livro também. Assim foi feito, embora com uma ressalva: no fim, o título ficou ‘O catálogo das coisas específicas e outras c(o)rônicas’, como um meio termo entre o título original e o sugerido”, entrega.

Agende-se

Lançamento de “O catálogo das coisas específicas” (Crônicas, Populivros, 2021), neste sábado, 04 de dezembro, de 10 às 13 horas, na Casa das Artes (rua Arcebispo D. Alberto Gaudêncio Ramos, 236, ao lado da Basílica em Nazaré). O livro será vendido a R $50.

 

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Cultura
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