Cinema: Marco Antônio Moreira fala sobre legado do cineasta Jean-Luc Godard

O cineasta francês faleceu no dia 13 de setembro aos 91 anos deixando uma linda história na sétima arte

Thainá Dias

Na última semana, o mundo da sétima arte perdeu um grande cineasta. O anúncio do falecimento do grande Jean-Luc Godard surpreendeu os admiradores do seu trabalho. Com 91 anos, Godard demonstrava força e disposição para realizar outros filmes, apesar da idade avançada. Além de cineasta, ele foi roteirista e crítico de cinema franco-suíço, ganhou destaque como pioneiro no movimento de filmes franceses da “Nouvelle vague”. O crítico de cinema Marco Antônio Moreira falou sobre a importância e o legado do cineasta para o cinema mundial.

Segundo Marco Antônio, “Godard declarou, recentemente, que dirigiria mais dois filmes e, posteriormente, se aposentaria do cinema. Mas, ele decidiu que era sua hora de partir. Godard foi um gênio da sétima arte que, desde o início de sua trajetória como crítico e cineasta, nos anos 1950, demonstrou um intenso amor pelo cinema. Para ele, cada filme pensado e sentido era uma maneira de buscar novas possibilidades artísticas e a partir dessa premissa realizou filmes revolucionários como ‘Acossado’, ‘O Demônio das 11 horas’, ‘Duas ou três coisas que sei dela’ e diversas outras produções que surpreendiam os críticos e estudiosos de cinema”, declarou.

Marco destacou ainda que o falecimento do cineasta é uma notícia triste, mas que garante um legado na arte da cinematografia. “Precisamos entender que sua obra é eterna e, sinceramente, espero que seu trabalho seja estudado e reconhecido com profundidade nos próximos anos como uma homenagem ao seu talento, amor e respeito pelo cinema”, garantiu o crítico de cinema.

Um fato interessante na trajetória do cineasta francês foi a transformação na arte de fazer filmes. Pois depois da era Godard, as obras se dividiram entre: fabricação por grandes estúdios e produções autorais, o chamado: cinema de autor. O francês tornou-se um grande mestre no âmbito da provocação, para quem via o cinema como uma ferramenta de transformação social, de crítica da sociedade, Godard era idolatrado.

Vale destacar que o Brasil também chegou a comprar a linha Godard de fazer arte, sem padrões impostos como os de Hollywood, por exemplo. E liberdade de contar histórias. Jean-Luc Godard e o cineasta brasileiro Glauber Rocha se admiravam mutuamente.

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