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Casarão do Boneco realiza contação de histórias on-line e pede doações para manter espaço

Em versão digital do Amostraí, artistas narram histórias em live

Lucas Costa
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O Casarão do Boneco reinventa o Amostraí em uma edição digital neste sábado, 16. A ação desenvolvida desde 2015, com a apresentação de espetáculos e contação de histórias, visa arrecadar doações para a manutenção do espaço físico; mas precisou ser suspensa desde o início da pandemia de coronavírus. Desta vez, o Amostraí será uma live transmitida pela da página no Casarão do Boneco no Facebook, a partir das 17h.

Serão três contação de histórias: “No que acreditam nossos parentes”, da Cia. Girândola de Contadores de Histórias, com Alci Santos; “Mundiado – A história da Cobra Grande”, da Cia de Teatro Madalenas, com Leonel Ferreira; e ainda “Narrações cantaroladas de gatos e outros animais selvagens”, da a Cia Sorteio de Contos, com Lucas Alberto.

O público poderá fazer doações de qualquer valor por meio de uma conta no Banco do Brasil (Agência: 2946-7 – Conta corrente: 716.222-7 - Leonel Rodrigues Ferreira). “As arrecadações serão para manter o Casarão, porque as contas não deixaram de chegar com a quarentena. Tem IPTU, luz, água, segurança, alimentação dos animais…”, conta Leonel Ferreira.

O artista explica ainda que com as atividades suspensas, a renda de eventos que mantinha o Casarão funcionando passou a não entrar mais nos caixas. Dessa forma, nos últimos meses, as contas que mensalmente giram em torno de R$ 900 a R$ 1 mil, foram pagas com reservas do local.

Esta é a primeira vez que o Casarão promove um evento on-line, e Leonel conta que a decisão de fazê-lo apenas agora ocorreu por conta do impacto que a pandemia de coronavírus teve nas famílias de alguns integrantes do coletivo.

“Foi difícil no início porque alguns amigos ligados a casa adoeceram, e isso nos deixou fragilizados até para organizar e ensaiar alguma coisa”, relembra. “A tentativa é de arrecadar algum recurso para honrar os compromissos da casa. Nessa edição todos os artistas abrem mão dos cachês que normalmente são oferecidos a eles. Dessa forma, tudo o que for doado vai diretamente para a manutenção do Casarão”, complementa.

Leonel destaca a importância das doações no momento atual, principalmente por conta da falta de políticas públicas direcionadas a manutenção de espaços culturais em meio a pandemia de coronavírus. “Vários artistas do teatro, dança e artes cênicas estão nas redes sociais pressionando o poder público, para aprovar uma medida que faça com que espaços de cultura não fechem. Esses espaços não tiveram as contas suspensas”, enfatiza Leonel.

O pagamento das contas do Casarão do Boneco é importante não apenas para a manutenção do espaço físico. Leonel explica que a falta de pagamento de algumas contas impede que o coletivo se inscreva em editais, por exemplo.

Histórias para um sábado em casa

Seguindo a tradição de suas narrativas, na apresentação on-line, Lucas Alberto pede licença para entrar nas casas do público com a leitura cantada do livro infantil “Gato Cachorro”, de autor desconhecido. O ator contador de histórias pedirá para que as pessoas sigam uma cantoria animada e descontraída dos bichos de cada foto do livro de pano, que será mostrado.

“Não vale errar heim”, brinca. Em seguida, ele vai animar objetos que podem ser encontrados em casa. “Contarei a história de como os gatos começaram a morar com os humanos. Começa com uma gata esperta que conquista todos com sua música, mas que deseja encontrar o anima mais... O resto não conta agora”, diz Lucas.  

Alci Santos traz a história de três mitos de origem, segundo os povos da floresta do Brasil. E Leonel Ferreira faz um mergulho no imaginário popular amazônico no qual causos são representados e divididos em momentos de suspense e diversão todos ligados ao universo da encantaria.

“‘Mundiado’ é sobre causos do imaginário popular. Vou contar a história da Cobra Grande, que todos conhecem alguma versão. Eu adaptei os personagens à situação da trama e ela se passa do bairro do Guamá, onde eu nasci e moro até hoje. Se passa no Rio Tucunduba, e eu brinco com as minhas lembranças com ele, que eu não tomava banho porque não tinha coragem, mas ia ver meus amigos brincarem”, descreve.

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Cultura
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