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Arte Pará 2021: ação educativa estimula produção de crítica artística de estudantes

Alunos do curso de Artes Visuais da UFPA vem produzindo textos críticos sobre as obras da mostra deste ano

Lucas Costa
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A educação vinculada às artes é algo que a mostra Arte Pará traz dentro de seu escopo há bastante tempo. Este ano, em sua primeira edição totalmente virtual, este contato segue estreito, e um dos destaques tem sido uma produção fundamental de alunos do curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Pará.

Na disciplina Teoria e Crítica de Arte, ministrada pelo professor John Fletcher, os alunos foram instigados a produzir textos críticos a partir das obras que compõem a mostra “Uma história da videoarte na Amazônia (episódio I): Pará”, do Arte Pará 2021. O resultado vem sendo publicado no site artecriticapara.wordpress.com.

“No contexto da pandemia, a gente modificou o formato de avaliação da disciplina. Então, ao invés de avaliações tradicionais, a gente optou por fazer a produção de pequenas críticas de arte para as redes sociais e site. Essa foi uma alternativa de um diálogo até extensionista, um diálogo com a sociedade, com pessoas que se interessam”, explica John, professor da UFPA.

Ele conta que viu na mostra virtual do Arte Pará a oportunidade de uma parceria, considerando que as aulas do curso também seguem remotas. Foi então que propôs a ideia ao educativo do Arte Pará, que logo topou. A dinâmica da avaliação funciona da seguinte forma: os alunos escrevem suas críticas de trabalhos do Arte Pará 2021, em seguida é feita uma leitura pública, com a presença de dois convidados - Vânia Leal, curadora educacional do Arte Pará; e o professor Gil Vieira Costa, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). Os alunos então debatem sobre os textos, e também sobre as obras. 

“A turma ficou muito engajada, envolvida com essa parceria com o educativo do Arte Pará, e trazer essa experiência para a sala de aula, para mim fica muito claro o papel inclusive de debate e aprofundamento sobre arte contemporânea, e arte contemporânea na Amazônia”, destaca John.

Vânia Leal, que vem participando das avaliações, destaca a ação para além do sentido educacional, mas na proposta de desenvolver a crítica de arte no Pará. “Vale ressaltar que em Belém há uma necessidade muito grande de se desenvolver a crítica em arte, temos poucas pessoas que fazem isso. Então trabalhar isso com os estudantes, precisa ter todo um processo de uma escuta, como está acontecendo”, conta.

Amália do Espírito Santo, uma das alunas do curso de Bacharelado em Artes Visuais que tem participado da ação, conta que este tem sido o seu primeiro contato com a crítica de arte, e fala sobre sua percepção. “Ao desenvolver um texto crítico para a disciplina compreendi que a crítica de arte se dá por um caráter expositivo, respeitoso, sinergia em relação a obra, tanto da intenção do artista, quanto da percepção do público perante seus contextos diversos”, conta ela, que escreveu sobre a obra “A Pisa na Amazônia”, de Mauricio Igor.

Edição 2021

O salão Arte Pará tem sua mostra totalmente virtual em 2021. Sob curadoria de Paulo Herkenhoff, e curadoria adjunta de Roberta Maiorana, a edição carrega como conceito “Uma História da Videoarte na Amazônia (episódio 1): Pará”, reunindo trabalhos de 46 artistas convidados. A mostra está disponível no site www.artepara2021.com.

O Arte Pará 2021 é realizado pela Fundação Romulo Maiorana, e tem como patrocinador novamente a Fibra Centro Universitário, renovando a parceria que existe desde 2012. O salão tem ainda apoio do Grupo Liberal e Instituto Inclusartiz.

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