Valesca Popozuda fala com exclusividade sobre seu novo projeto e sua estreia no 'Se Rasgum'
A funkeira é uma das atrações do festival que ocorre em setembro, na capital paraense
No dia 6 de setembro, o festival "Se Rasgum", que completa 20 anos em 2025, recebe Valesca Popozuda em Belém. A funkeira, que se consolidou como uma das pioneiras do gênero nos anos 2000, volta à capital paraense com um novo show e coreografias que prometem agitar o público. Os ingressos para a 20ª edição do evento já estão à venda online. Sua apresentação no "Se Rasgum" é uma das mais esperadas desta edição.
“O Se Rasgum é uma festa bem movimentada, e eu espero levar alegria e impactar as pessoas com o meu show. Meu show é um processo em que, ao mesmo tempo em que eu me divirto com o meu público, eu me divirto também com a minha equipe em cima do palco. Eu acho que é isso que contagia o meu público”, afirma Valesca.
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De "funks proibidões" ao sucesso de "Segredinho"
Valesca ficou conhecida nos anos 2000 pelos "funks proibidões", vertente do gênero que aborda temas como violência e sexualidade de forma explícita — sendo este último seu principal foco. Entre seus maiores sucessos estão "Beijinho no Ombro", "Sou a Diva Que Você Quer Copiar" e, mais recentemente, "Segredinho", hit de São João em parceria com Os Quebradeiras.
“A gente começou com inspiração no refrão de ‘Isso Aqui Tá Bom Demais’ e, depois, juntamos a batida do funk com a sanfona, porque achamos que combina esse calor do São João com o funk, e também quisemos trazer essa cultura do Nordeste para o Rio. A música é muito alto-astral, pra jogar mesmo a rabeta no lampião e se divertir. Tanto que resolvi chamar os meninos do grupo Os Quebradeiras, porque achei que tinha tudo a ver com eles”, explicou a cantora.
Show em Belém: nostalgia e novidades
Sobre sua volta a Belém, Valesca promete um espetáculo repleto de energia e interação. “Tem shows que a gente faz e que pedem pra limitar um pouco. Não que eu precise falar muito palavrão, mas o público já canta todas as músicas, graças a Deus. Mas, se eu puder ficar à vontade, vou levar os sucessos antigos da Gaiola das Popozudas, que não saem do meu repertório e são músicas que realmente não dá pra deixar de fora. O ‘De Volta Pra Gaiola’, que é um álbum que eu lancei no ano passado, e diversas outras músicas, como ‘Poesia Acústica’, ‘Segredinho’ e tantas outras”, completou.
Além disso, a artista revelou um projeto especial em andamento: um DVD com releituras de seus clássicos. “Nós temos vários projetos para o futuro, mas um projeto em que eu tô muito focada agora são releituras de algumas músicas que eu tenho da Gaiola das Popozudas e colocar isso num DVD. Hoje, o meu processo é pensar nisso pro ano que vem, porque eu acho que já passou da hora. Com esse projeto de releituras, quero trazer alguns participantes comigo e convidar algumas mulheres”, adiantou.
Se Rasgum 20 anos: programação variada
Além de Valesca, o festival terá atrações como:
- Teenage Fanclub (banda britânica de indie rock, que já se apresentou em Belém em 2007 e 2015);
- Móveis Coloniais de Acaju (pop/rock brasileiro);
- Suraras do Tapajós (primeiro grupo feminino indígena de carimbó), com participação especial de Lia Sophia.
Outros artistas ainda serão anunciados antes do festival.
Duas décadas de resistência cultural
O "Se Rasgum" consolida-se como o festival mais duradouro da Amazônia, celebrando a diversidade musical ao longo de 20 anos. Em 2025, o evento acontecerá no Belém Porto Futuro, simultaneamente à 1ª Conferência Internacional ALMA, que promove a sustentabilidade e a economia criativa amazônica.
(Gustavo Vilhena, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Luciana Carvalho, editora web em OLiberal.com)
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