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Show de Rodrigo Mendes abre programação no Complexo dos Mercedários

Violão instrumental do artista inaugura atividades da Casa BNDES neste sábado (15), em Belém, com repertório ligado a Villa-Lobos e Mário de Andrade.

Gustavo Vilhena*

O Complexo dos Mercedários, no bairro da Campina, em Belém, recebe neste sábado (15), a partir das 17h, a apresentação do artista Rodrigo Mendes, que sobe ao palco com um espetáculo de violão instrumental. A apresentação abre a programação do dia, dedicada à troca de experiências e à valorização da cultura regional. O repertório traz arranjos exclusivos para o evento, inspirados em obras de Mário de Andrade — especialmente Música de Feitiçaria — e na produção de Villa-Lobos. A entrada é gratuita.

Com quase 40 anos de carreira, Rodrigo Mendes é defensor público do Estado do Pará e iniciou sua trajetória na música em uma banda de fanfarra militar. Posteriormente, migrou para o violão. Em entrevista ao Grupo Liberal, ele afirmou ter ficado surpreso e feliz ao ser selecionado pelo projeto da Casa BNDES. “O sentimento foi de muita felicidade quando eu descobri que tinha sido selecionado. Eu não esperava. O tema deste edital torna o trabalho um pouco difícil, mas, por sorte, ele saiu, mais ou menos, no espelho da minha mão, e eu fiquei muito feliz”, disse.

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Show integra programação da Casa BNDES durante a COP 30

O espetáculo ocorre durante a COP 30 como parte da Feira da Sociobiodiversidade da Casa BNDES, instalada no Complexo dos Mercedários. A proposta é reforçar pluralidade cultural, inclusão social e preservação ambiental. Com a missão de abrir a programação deste sábado (15), Rodrigo destaca a relevância de manter as obras de Villa-Lobos e Mário de Andrade em evidência no atual momento vivido pela capital paraense.

“É uma grande oportunidade de mostrar ao público que for à Casa BNDES o trabalho do Villa-Lobos e do Mário de Andrade em arranjos exclusivos para violão. Grande parte da produção de Villa-Lobos foi para piano, conjunto de cordas, etc. Então eu transcrevi essas obras para o violão, para mostrar a individualidade de cada uma ao público da COP 30”, explicou.

Repertório é dividido em três blocos

Para a apresentação deste sábado (15), Rodrigo selecionou obras específicas e dividiu o repertório em três momentos: o primeiro dedicado a Villa-Lobos, o segundo a Mário de Andrade e o terceiro com composições autorais, incluindo uma homenagem a seu avô, e clássicos instrumentais da MPB. “Villa-Lobos foi um grande incentivador das florestas, dos rios e dos conhecimentos tradicionais associados, tanto que possuía o apelido de ‘Índio de Casaca’, que é um dos temas do meu projeto. Já Mário de Andrade é um dos maiores folcloristas do Brasil, autor de Música de Feitiçaria, Danças Dramáticas do Brasil e Os Cocos. Então o repertório é bem folclórico”, adianta.

Próximos projetos do músico

Sobre os novos passos na carreira, Rodrigo afirma que trabalha em três projetos, incluindo um CD dedicado exclusivamente a Mário de Andrade. “Eu tenho três projetos em andamento: o primeiro é gravar um CD com obras só do Egberto Gismonti. O segundo é materializar os temas folclóricos do Mário de Andrade em um CD também específico. E, em terceiro, a ideia é gravar outro CD com música popular brasileira em formato instrumental”, concluiu.

Serviço:

Hora: 17h

Data: 15 e 16 de novembro

Local: Complexo dos Mercedários, no bairro da Campina

(*Gustavo Vilhena, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Abílio Dantas, coordenador do núcleo de Cultura)