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Projeto Paneiro Luminoso usa fotografia como linguagem e ferramenta educativa nas escolas do Pará

Oficinas são baseadas a partir da ampla experiência do fotógrafo Miguel Chikaoka e sua pedagogia da luz

Gabriel Bentes | Especial para O Liberal

Fundado a partir da parceria entre a Associação Fotoativa, de Belém, e a Maison de la Photographie Guyane-Amazonie (MAZ), de origem francesa, o Paneiro Luminoso é um projeto que oferece a alunos de escolas públicas de Belém e municípios vizinhos a oportunidade de vivenciar oficinas de fotografia que amplie o conhecimento sobre os fundamentos da área, a prática em suas diversas formas e instigue os estudantes - e também os professores e a reflexão crítica partir da imagem e de vivências práticas com elementos físicos observados em experimentações.

O projeto tem como objetivo inserir um dispositivo educativo multilinguagem no dia a dia das escolas paraenses, com base na ampla experiência do fotógrafo Miguel Chikaoka e sua pedagogia da luz.

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Inspirado na Maleta Pedagógica - ferramenta criada na Guiana pelo corpo técnico do MAZ e composta por diversos materiais voltados ao estímulo de processos educativos, com a fotografia como base para vivências formativas em escolas -, o projeto franco-brasileiro surge a partir da trajetória de fluxos e trocas desenvolvida por Chikaoka desde os anos 1980, consolidando-se como uma referência na arte-educação brasileira.

O fotógrafo pontua que o Paneiro Luminoso está inserido em uma dinâmica de movimentação a cada experiência dos alunos e outros envolvidos. “Não temos como conceituar objetivamente o que é o Paneiro, dado que é um trabalho processual, aberto a todas as interferências dos atores participantes, ou seja, se expande a cada olhar, a cada participação”, afirma o fotógrafo.

Inspirado na Maleta Pedagógica, ferramenta criada na Guiana pelo corpo técnico do MAZ e composta por diversos materiais voltados ao estímulo de processos educativos, com a fotografia como base para vivências formativas em escolas, o Paneiro Luminoso surge da trajetória de fluxos e trocas desenvolvida por Chikaoka desde os anos 1980, consolidando-se como uma referência na arte-educação brasileira. “Não temos como conceituar objetivamente o que é o Paneiro, dado que é um trabalho processual, aberto a todas as interferências dos atores participantes, ou seja, se expande a cada olhar, a cada participação”, afirma o fotógrafo.

O projeto viaja por vários municípios paraenses e recentemente passou pela cidade de Santa Izabel do Pará, levando aos alunos da EEEM Antônio Lemos um encontro cheia de atividades que envolviam linguagem, imagem e escuta.  Segundo Silvia Sousa, professora de sociologia e educação ambiental da unidade de ensino, projetos como o Paneiro Luminoso trazem um grande retorno no processo de aprendizagem dos alunos: “as ações mobilizam o imaginário e ativa dimensões criativas que já existem nos estudantes — e que muitas vezes ficam adormecidas no cotidiano da sala de aula”, ela reconhece.

Ainda segundo a educanda, a imagem, como linguagem, possui a capacidade de despertar significados e conectar o conhecimento à experiência dos alunos: “isso dá ao processo de aprendizagem uma nova roupagem, tornando-o mais próximo e mais significativo”, conclui.