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Paraense Giulia Nascimento representa o Brasil na Bienal de Dança de Lyon

Bailarina de Ananindeua se apresenta no festival internacional no dia 18 de setembro, com coreografia inspirada na Amazônia.

Gustavo Vilhena*

Um dos maiores festivais de dança contemporânea do mundo, a Biennale de la Danse de Lyon, ocorre neste mês de setembro em diversas cidades da França, na região de Auvergne-Rhône-Alpes. Em sua 21ª edição, o evento reúne cerca de 40 apresentações e presta uma homenagem especial ao Brasil com o programa “Brasil Agora!”, que integra a Temporada França-Brasil 2025.

Entre os destaques brasileiros está a participação da bailarina Giulia Nascimento, natural de Ananindeua, na região metropolitana de Belém. Com 19 anos de experiência na dança, a artista foi selecionada após receber o título de Bailarina Revelação no Dança Carajás Festival, realizado em 2023, em Parauapebas, no sudeste do Pará.

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Homenagem ao Brasil e estreia da paraense

A edição deste ano traz quase metade de sua programação formada por estreias mundiais ou primeiras apresentações em solo francês. A presença brasileira reforça a proposta do festival de celebrar a dança como linguagem universal e de promover encontros entre grandes nomes da cena internacional e novos talentos.

Para Giulia, a ida à França marca o seu primeiro intercâmbio internacional, realizado por meio do Edital Funarte Brasil Conexões Internacionais, do Governo Federal, com produção da JA Produções Artísticas. Sua apresentação está marcada para o próximo dia 18 de setembro, em um solo contemporâneo que valoriza a cultura e a ancestralidade amazônica.

“Vou apresentar um solo contemporâneo, com alguns movimentos do balé clássico, com uma temática bem interessante onde mostrarei a força da Amazônia, a força do Norte, dos ancestrais e o que move e habita em cada um”, disse a bailarina.

Expectativa para primeira viagem internacional

Além dos espetáculos, a Biennale de la Danse de Lyon também promove encontros, workshops e atividades de networking entre artistas de diferentes países. Para Giulia, a oportunidade é motivo de entusiasmo e expectativa.

“Estou bem ansiosa e tensa por ser minha primeira viagem internacional, mas muito feliz por saber que vou viver algo importante para minha trajetória. Minha expectativa é grande, principalmente para adquirir mais conhecimentos e experiências artísticas. Espero que todos possam sentir a força e observar que nós, artistas do Norte do Brasil, também temos muito a somar”, afirmou.

Reconhecimento da dança amazônica

Para o diretor do Dança Carajás Festival, Jarbas Alves, a conquista tem significado coletivo.

“Giulia foi a única artista aprovada representando a Região Norte do Brasil, o que reforça ainda mais o simbolismo dessa conquista. O intercâmbio não é apenas uma vitória individual, mas também um marco para a dança amazônica no cenário global, ao abrir portas para que talentos locais dialoguem com artistas, programadores e públicos internacionais”, destacou.

A bailarina embarca neste sábado (13) rumo à França, onde se apresenta no dia 18. A Bienal de Lyon começou no dia 6 e segue até 27 de setembro.