No 'Dia da Amazônia', descubra novos artistas e movimentos musicais do Pará para acompanhar
Cenário musical paraense é considerado fértil e com alcance nacional e internacional, segundo pesquisador
Nesta sexta-feira (5) é celebrado o Dia da Amazônia, data que destaca a relevância da maior floresta tropical do mundo, essencial para o equilíbrio climático, a preservação da biodiversidade e a qualidade de vida da população. Além de sua importância ambiental, a região é também berço de uma rica produção cultural, incluindo a música, que sempre refletiu a diversidade e a identidade do território amazônico.
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O Pará, em especial, tem tradição em revelar grandes nomes da música dentro e fora do Estado, como Fafá de Belém, Gaby Amarantos, Nilson Chaves, Lucinha Bastos, Joelma, Marco Monteiro, Dona Onete, Ruy Barata, Mestre Damasceno, Pinduca, Paulo André Barata e Walter Bandeira, entre outros. No entanto, segundo o músico e pesquisador musical Eduardo Barbosa, uma nova geração de artistas tem ocupado a cena local, e também a nacional, trazendo novas questões e linguagens.
“Talvez estejamos presenciando um dos momentos mais férteis da cena musical paraense dos últimos tempos. Nunca houve tanta gente produzindo música ao mesmo tempo, e de forma tão variada como agora”, afirmou.
Entre os "novos rostos", Barbosa destaca a Viviane Batidão, como uma das referências no tecnomelody, e Zaynara, com seu beat melody, ambas com projeção nacional. No cenário local, ele menciona a cantora Layse, que lidera uma festa de brega todas as quartas em uma casa de show, na capital paraense; e o cantor e compositor AQNO, artista pop que tem se destacado por seu visual e músicas dançantes.
Além disso, Eduardo lembra sua própria festa, “Noites de Lambada”, que revive o gênero e os concursos de merengue típicos de Belém, mantendo viva a tradição da música paraense raiz.
Para ele, o destaque que a Amazônia vem ganhando musicalmente nos últimos anos era esperado. Ele observa que a música do Pará já inspirou movimentos em todo o Brasil, citando a Lambada, a Guitarrada e o fenômeno do becnobrega e do brega calypso. “Temos visto também artistas indo para o exterior mostrar as nossas sonoridades, e isso corrobora a ideia de que a nossa música é perfeitamente adaptável a qualquer cenário possível”, analisou.
Entre os artistas e movimentos que o pesquisador indica para o público conhecer, se destacam o Fé no Batuque, com suas ocupações mensais de samba; o músico Reiner, no rock; e os Carimbós da Feira do Açaí. “Belém é um grande caldeirão cultural e tem muita coisa para ser vista. Belém é uma cidade que só se entende quem vive ela”, afirmou.
Confira outras indicações de artistas para seguir e acompanhar os trabalhos:
Jeff Moraes
Júlia Passos
Naieme
Iris Selva
Liz Amazônia
Arthur Espíndola
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