MENU

BUSCA

História de influencer Fernando Campos inspira casa de apoio a pacientes infantojuvenis com câncer

Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva completa 30 anos nesta sexta-feira (11) e já atendeu mais de 1800 crianças e adolescentes de vários estados do Brasil

Gabriel Bentes | Especial para O Liberal

Fernando Campos ficou conhecido na internet por compartilhar, com humor e leveza, detalhes sobre a relação que tem com a deficiência visual, que começou na infância, quando foi diagnosticado com retinoblastoma bilateral aos dois anos de idade.

Além de influenciar outras pessoas, sua história de vida também inspirou a criação da Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva, em Natal, no Rio Grande do Norte, e que completa 30 anos neste 11 de julho.

VEJA MAIS

Inclusão: Unidade Especializada para pessoas com deficiência visual celebra 70 anos de atuação
A instituição é conhecida pela sua trajetória de inclusão e celebrou a data com música, histórias de estudantes e exposição fotográfica

Professor emociona internet ao narrar Re-Pa para estudante deficiente visual
Professor Márcio Magrão, idealizador do projeto Incluir, narrou o clássico para a estudante Alice Soares, de 25 anos

Primeiro vereador cego é empossado na Câmara Municipal de Santarém
Primeiro suplente do MDB, Andreo Rasera assumiu a vaga de Alexandre Maduro, que se licenciou da Câmara para assumir o cargo de Secretário Regional de Governo do Oeste do Pará

Em entrevista exclusiva ao Grupo Liberal, o influenciador contou que o início da jornada da instituição começou quando o jovem precisou iniciar um tratamento em uma casa de apoio para crianças e adolescentes nos Estados

“Perdi a visão aos dois anos. Tive um câncer na retina — um retinoblastoma bilateral —, o tumor ocular mais comum da infância. Minha família, ao receber esse diagnóstico, levou um baque, mas foi em busca de um tratamento de referência. Foi então que encontramos na Filadélfia”, inicia o influenciador.

“Durante o meu tratamento, fiquei hospedado na Casa Ronald McDonald, uma instituição que acolhia crianças do mundo inteiro que iam em busca de tratamento. A casa recebia essas crianças e também suas famílias. Meu tratamento durou 11 meses e, entre idas e vindas, passei por quimioterapia e radioterapia. Mas chegou um momento em que precisei fazer a enucleação dos globos oculares. Foi assim que perdi a visão, mas venci o câncer, e nós voltamos para Natal.” relata Fernando.

Após o retorno ao Brasil, ele conta que a família se sentiu muito motivada a dar suporte a crianças que estavam passando pela mesma situação do comunicador e colocou essa vontade em prática. “Meu pai Hilder, juntamente com minha mãe e algumas pessoas da minha família, deram esse pontapé inicial na Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva, instituição que se tornou referência no país no atendimento a crianças e adolescentes com câncer e doenças hematológicas crônicas.” conta o também escritor. 

Serviço prestado

Fundada em 1995, a instituição já atendeu mais de 1800 crianças e adolescentes do Estado do Rio Grande do Norte, bem como de outros estados, como Paraíba, Ceará, Piauí, Bahia, Pará e Sergipe, dando todo o acolhimento e atendimento para pacientes e seus familiares.

“Nós contamos com uma equipe multidisciplinar de 90 funcionários, com pedagoga, terapeuta, terapeuta ocupacional, farmacêutica, psicóloga e dentista. Tudo isso para prestar um atendimento digno e trabalhar não só no acolhimento e tratamento da criança com câncer, mas também no resgate da cidadania, da dignidade e da qualidade de vida dessas pessoas. Já passaram por lá mais de duas mil crianças e famílias”, conta Fernando.

Reconhecimento

Ao longo das três décadas, a casa já ganhou 37 prêmios pelo serviço prestado a crianças e famílias do Rio Grande do Norte. A instituição também já foi destaque três vezes no Criança Esperança, parceria entre a Rede Globo e a Unesco, e 10 vezes reconhecido nas listas das melhores ONGs do país, feitas pela Revista Época, Instituto Doar, O Mundo que Queremos e AMBEV.