Gilberto Gil participa de evento da COP30 e assiste ópera 'I-Juca Pirama' no Theatro da Paz
Artista foi aplaudido pelo público em Belém e publicou fotos da participação em eventos culturais e ambientais durante a conferência do clima
O cantor e compositor Gilberto Gil marcou presença em Belém durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), onde participou de eventos culturais e ambientais. Na noite da última segunda-feira (10/11), o artista assistiu à estreia mundial da ópera “I-Juca Pirama”, no Theatro da Paz, obra com libreto de Paulo Coelho e trilha assinada por Gil e Aldo Brizzi. A produção faz parte do XXIV Festival de Ópera do Theatro da Paz e teve nova apresentação nesta terça-feira (11/11).
Gil foi aplaudido de pé pelo público e acompanhou a récita do camarote do governador, ao lado da esposa, Flora Gil, da primeira-dama Janja Lula da Silva, e das ministras Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Margareth Menezes (Cultura) e Anielle Franco (Igualdade Racial). O apresentador Luciano Huck também esteve presente.
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Nas redes sociais, Gil publicou um carrossel de fotos de sua passagem pela capital paraense, incluindo registros no Theatro da Paz e na programação oficial da COP30. Na legenda, citou um trecho da canção "Refloresta": "O jeito é compreender o que já basta. Replantar a floresta."
O artista escreveu ainda: “Lançamento do livro ‘Refloresta’, participação no painel da @ci_brasil e agora assistindo à ópera ‘I-Juca Pirama’ no Theatro da Paz.”
Ao final da apresentação, Gil subiu ao palco para cumprimentar o elenco e foi ovacionado pelo público.
Ópera une arte, natureza e cultura amazônica
Inspirada no poema de Gonçalves Dias, “I-Juca Pirama” traz uma leitura contemporânea do clássico brasileiro, unindo arte, natureza e saberes ancestrais dos povos da floresta. A direção cênica e musical é do maestro italiano Aldo Brizzi.
O elenco conta com a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, o Coro Carlos Gomes, o Núcleo de Ópera da Bahia e o grupo indígena Huni Kuin, do Acre. Os figurinos foram criados por artesãos e coletivos indígenas da Amazônia, com materiais naturais, sob assinatura do xamã e artista Tukano Bu’ú Kennedy e da figurinista Irma Ferreira.
Participação na COP30
Além das atividades culturais, Gil participou do painel “Vozes da Sabedoria: Conectando Cultura e Conservação”, realizado na Casa Maraká, durante a COP30. O encontro reuniu nomes como Sônia Guajajara, Cacique Raoni e Daniela Raik, em celebração aos 35 anos da CI-Brasil.
A discussão integrou a campanha “Conservar é Nossa Arte” e reforçou a importância dos povos da floresta para um futuro sustentável.
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