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Favela da Chacrinha existe na vida real? Conheça a comunidade de Três Graças

Cenário concentra a maior parte da trama e chama atenção pela riqueza de detalhes

Hannah Franco

A comunidade da Chacrinha, um dos principais cenários da novela Três Graças, desperta curiosidade do público. É ali que mora boa parte dos personagens e onde se desenvolvem os conflitos centrais da história criada por Aguinaldo Silva. Mas, afinal, a favela mostrada na trama existe na vida real? 

A resposta é não, mas essa curiosidade não é novidade nas obras do autor. Em Duas Caras (2007), o autor também apostou em uma comunidade fictícia, a Portelinha, que tinha forte inspiração em realidades urbanas brasileiras. Em Três Graças, a proposta se repete, mas com uma nova ambientação e referências específicas.

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Local de inspiração

A comunidade da Chacrinha foi inspirada na Brasilândia, localizada na Zona Norte de São Paulo. As primeiras gravações da novela aconteceram em bairros como Jardim Paulistano e Jardim Guarani, além de ruas da própria Brasilândia, escolhidas para captar o cotidiano e a atmosfera real da região.

Segundo o Censo 2022 do IBGE, a Brasilândia tem cerca de 243 mil habitantes, distribuídos em 41 bairros, e apresenta densidade demográfica de aproximadamente 12.615 habitantes por km², sendo o distrito mais populoso da Zona Norte de São Paulo.

Durante cerca de um mês, parte do elenco e aproximadamente 90 profissionais da equipe técnica gravaram cenas externas na capital paulista, antes de a produção seguir para o Rio de Janeiro.

Cidade cenográfica

Para dar continuidade às gravações, a produção construiu uma cidade cenográfica nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro. O espaço foi desenvolvido pela cenógrafa Cristiane Fassini, a partir de pesquisas de campo e visitas a comunidades da periferia paulistana.

A cenografia aposta em construções sobrepostas, becos estreitos, escadarias irregulares e casas com lajes aparentes e tijolos sem reboco, criando a sensação de crescimento orgânico e não planejado.

“Mantivemos o arruamento anterior, mas verticalizamos as construções para remeter à Brasilândia. Criamos segundos andares e dividimos casas grandes em menores, alterando cores e esquadrias para transmitir a sensação de multiplicidade”, explicou a cenógrafa em entrevista.