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Dança Pará celebra cultura amazônica e premia destaques regionais em competição

O festival reuniu cerca de 100 companhias de dança. Jovens da Academia Paraense de Dança conquistaram o primeiro lugar na categoria de Dança Folclórica.

Andréia Santana e Gustavo Vilhena*

Mais de mil bailarinos e 100 companhias de dança viveram dias intensos durante a 34ª edição do Dança Pará Festival, que ocorreu de 31 de julho a 3 de agosto, no Teatro Margarida Schivasappa, em Belém. O evento proporcionou quatro dias intensos de programação e celebração da arte, com apresentações, concursos, mostras, masterclasses, painéis, desfiles de moda e premiações. Um dos momentos mais aguardados foi a disputa da categoria “Danças Folclórica Regionais, Nacionais e Internacionais”, que consagrou o grupo de jovens bailarinas da Academia Paraense de Dança e do Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, com o primeiro lugar geral, no domingo (3).

Para Andréa Farias, mãe da bailarina Maria Alice Farias, que integra o grupo, a conquista coroou o esforço das sete bailarinas. “Esse prêmio coroa uma preparação e dedicação árdua da equipe, da coreógrafa e professora, então, dá muito orgulho. Foram mais de 100 escolas competindo e o prêmio delas não tinha faixa etária exclusiva, o que tornou mais difícil a conquista, visto que competiram bailarinos experientes. As meninas estão em êxtase com a conquista e estavam nervosas para conseguirem fazer o melhor pela equipe”, disse. As bailarinas Mariah Serrão Faro, Fernanda Salheb, Ana Clara Serrano, Laura Porpino, Maithe Silva, Maria Fernanda Amaral e Maria Alice Farias estavam sob comando da coreógrafa e professora Débora Cardoso. 

Além de amor pela arte, as companhias que se apresentaram no festival puderam ser avaliados por grandes nomes da dança mundial, entre eles: Penka Cangarova, da Eslováquia; Ana Palmieri, do Rio de Janeiro; e Ricardo Aires, de São Paulo; entre outros profissionais experientes e renomados no mundo da dança.

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Nesta edição, o festival, que costuma ocorrer no fim do ano, foi adiantado para o fim de julho e início de agosto e teve participações inéditas de companhias de Santa Bárbara, Xinguara, entre outros.

Maurício Quintairos, coordenador do festival, avalia o evento como positivo e afirmou que a edição deste ano obteve um aumento na qualidade das apresentações. “Como coordenador eu sou suspeito para falar. Mas eu sou crítico também e fiquei muito surpreso com o que presenciei. Nos outros anos, foram dadas 50 bolsas de estudos e que, às vezes, eram entregues três ou quatro bolsas para o mesmo bailarino. Mas, neste ano, quase todos os bailarinos do festival ganharam bolsas de estudos”, contou o coordenador artístico do Dança Pará.

A edição de 2025 teve como um dos destaques a presença da pesquisadora e coreógrafa Ana Palmieri, cotada para participar como jurada do festival há cinco anos. “A Ana é a pessoa que dá passaporte aos bailarinos para o mundo todo. Ela participou e deu diversas bolsas para o curso dela no mês de janeiro, que é o ‘Rio Ballet Summer’, considerado um celeiro de bailarinos. Ela ficou impressionada com a apresentação de todos os grupos”, destacou Maurício.

Além das apresentações de dança, quem foi assistir ao festival também pôde aproveitar programações de outras áreas, como tecnologia, moda, gastronomia, arquitetura e artesanato. Um dos destaques foi a feira Amazônia Criativa de moda autoral, com proposta de sustentabilidade social, criada por artistas da região. Para o próximo ano, o coordenador adianta que o planejamento já iniciou: o objetivo é manter o mesmo nível de excelência artísticas e de incentivo a novos dançarinos.