Auto do Círio é reconhecido como Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará
A votação foi aprovada nesta terça (30), em Santarém, após votação entre…
O Projeto de Lei nº 530/2024 declara o Auto do Círio como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Pará. A votação ocorreu em Santarém, nesta terça-feira (30). A manifestação é realizada pela Escola de Teatro e Dança da UFPA desde 2010 e transforma as ruas de Belém em palco para apresentações cênicas em homenagem à padroeira dos paraenses.
O cortejo integra os festejos do Círio de Nazaré, mas não faz parte da programação organizada pela Arquidiocese de Belém. Apresentado no formato de teatro de rua, o espetáculo é coordenado por professores da Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio da Escola de Teatro e Dança (ETDUFPA).
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Origem do Auto do Círio
Criado em 1993, dois séculos após o primeiro Círio de Nazaré, o Auto foi idealizado pelos professores Marco Ximenes, Zélia Amador de Deus e Margareth Refskalefsky, a partir de uma oficina ministrada pelo diretor teatral Amir Haddad, que comandou o cortejo até 1995. A iniciativa surgiu no então Núcleo de Artes da UFPA (NUAR), atual Instituto de Ciências da Arte (ICA).
A manifestação reúne diversas linguagens artísticas, como teatro, dança e música, com a participação de atores, músicos e bailarinos. O caráter popular, presente desde o início, contribui para a forte identificação do público com o espetáculo.
Reconhecimento cultural
Na justificativa do projeto, de autoria da deputada estadual Lívia Duarte, a professora Zélia Amador de Deus destaca que o Auto do Círio “pertence aos festejos de Nossa Senhora de Nazaré e se insere perfeitamente nas atividades nazarenas”.
Segundo ela, a força do cortejo está em sua representatividade da diversidade cultural de Belém e do Pará. A proposta ressalta ainda que o espetáculo permite que artistas prestem homenagem à padroeira, reinterpretando o Círio por meio do teatro de rua.
Espaço de comunhão artística
Produzido no âmbito acadêmico da UFPA, o Auto do Círio promove a interação entre universidade e sociedade. O cortejo envolve diferentes expressões artísticas, transmitindo pluralidade cultural e multidisciplinaridade ao público.
Com a aprovação do Projeto de Lei nº 530/2024, o espetáculo foi oficialmente declarado Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Pará.
(Gustavo Vilhena, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Abílio Dantas, coordenador de Cultura em Oliberal.com)
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