'Amazônia Líquida' alerta, na AP, para a preservação da vida
Com 43 trabalhos de Rose Maiorana e Tarso Sarraf, exposição será aberta no dia 29 de agosto

A Amazônia, assim como o mundo, é estruturalmente líquida. Nessa maior bacia hidrográfica do planeta, situa-se a maior floresta tropical da Terra, indicando a simbiose entre terra e água em prol da vida. Assim, preservar essa região e outros biomas apresenta-se indispensável como o ar que se respira. Essa imersão dos seres humanos no meio ambiente ganha destaque em escala mundial este ano em Belém, com a realização, em novembro próximo, da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30). E nesse contexto se insere a exposição "Amazônia Líquida - Fluidez Artística / Especial COP 30", da artista plástica Rose Maiorana, vice-presidente do Grupo Liberal, e o fotojornalista Tarso Sarraf, coordenador de Audiovisual e Fotografia do Grupo. Com trabalhos expostos dentro e fora do Brasil, agora, a mostra chega ao clube social Assembleia Paraense (AP), na capital paraense, a partir do dia 21 deste mês, neste começo do semestre, reta final para a Conferência que reunirá cerca de 50 mil pessoas na conhecida "Cidade das Mangueiras".
O título e a própria concepção da mostra partem do conceito de "modernidade líquida" (aborda a liquidez das relações sociais), do filósofo e sociólogo polonês Zygmunt Bauman, para propor um mergulho sensível e visual nas fragilidades e forças existentes no bioma amazônico. Em outras palavras, o vocábulo "líquida" dirige-se à essência dos ecossistemas da região amazônica e também, em contraponto, traz à tona o risco à vida por meio das agressões sucessivas ao meio ambiente. Dessa maneira, a mostra convida o público a seguir uma narrativa visual que aborda a proteção ambiental, a diversidade cultural da região e os contrastes entre riqueza natural e descaso político.
Nos trabalhos, o público vai poder observar o fluxo contínuo de barcos singrando os rios da região, pescadores na sua saga diária nas águas, manifestações culturais de cidades paraenses, crianças e o lazer nas águas, portos e embarcações, Surf na Pororoca, rios em curso, pôr do Sol e coletores e vendedores de frutos. Recortes do dia a dia de quem vivem na região e precisa dela para viver. Desse modo, são trabalhos sobre temas em Belém, São Caetano de Odivelas, São Domingos do Capim, de Bragança, Melgaço, de Breves, Barcarena e Santarém.
Para a artista plástica Rose Maiorana não existem fronteiras que não possam ser cruzadas para a arte sintonizada com a valorização e preservação da Amazônia, ainda mais em um ano de realização inédita d 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), agendada para novembro, em Belém.
Novos diálogos
Acerca desse novo momento em sua trajetória artística e da própria mostra, Rose Maiorana ressalta: "A Exposição 'Amazônia Líquida' é um projeto que se expandiu de forma maravilhosa, ganhou força e sua mensagem se tonou diversa, mas sempre objetivando o mesmo propósito: valorizar e cuidar da nossa Amazônia. A cada edição, novas perspectivas são representadas visualmente e o impacto sempre será diferente, pois são estabelecidos novos diálogos com o público que a visita".
Os frequentadores da mostra terão acesso a um compilado de antigas e novas obras relacionadas à temática ambiental, confirmando a arte como uma atividade estratégica de transformações no contexto dos povos no mundo. "A COP30 coloca a Amazônia Brasileira, especialmente o território paraense, no centro do maior debate sobre as mudanças climáticas e o futuro do planeta. Um momento de intensa reflexão sobre a Amazônia, sem caricaturas da sua riqueza natural e cultura ancestral. Diante dessa pauta, a arte se faz um importante instrumento de registro e conscientização ambiental. E a nossa 'fala visual' tem muito a dizer sobre o nosso meio ambiente amazônico", enfatiza Rose Maiorana.
Como diz essa artista plástica, a Assembléia Paraense é um clube tradicional de Belém e que sustenta um importante legado de valorização da arte e da sociedade paraense. "É estrategicamente oportuno e uma honra levar a Exposição 'Amazônia Líquida' para a sede desse grande parceiro", arremata Rose Maiorana.
Serviço:
Exposição 'Amazônia Líquida – Fluidez Artística | Especial COP 30'
Com trabalhos de Rose Maiorana e Tarso Sarraf
Na Assembleia Paraense – Centro de Eventos / Memorial
Na avenida Almirante Barroso, 4614, bairro Souza, Belém (PA)
Vernissage: 19h de 21 de agosto de 2025
Visitação: de 21 de agosto a 21 de setembro de 2025
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA