Turistas lotam Estação das Docas em dia sem agenda oficial da COP 30
Movimento intenso antecipa a segunda semana da conferência climática.
A Estação das Docas, um dos pontos turísticos de Belém, teve na manhã deste domingo (16) um movimento intenso de turistas e paraenses antes da segunda semana da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30). Hoje marca o primeiro e único dia sem agenda oficial do evento climático internacional, que vai até 21 de novembro.
Neste domingo, tanto a Blue Zone quanto a Green Zone estão sem programação. A primeira, também conhecida como Zona Azul, é a área restrita onde ocorrem as negociações oficiais do evento internacional climático. A segunda, conhecida como Zona Verde, é o local livre para discussões, exposições e debates da sociedade em geral.
A COP 30 é a primeira conferência climática global a ocorrer em uma cidade da Amazônia. Ela tem como principal objetivo debater soluções para a crise do superaquecimento global.
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Ativista carioca destaca participação e conexão com Belém
Entre os visitantes que circulam pelos espaços públicos de Belém neste intervalo da programação oficial está Raul Santiago, ativista e empreendedor do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Ele contou que chegou à capital paraense antes mesmo da abertura do evento.
“Eu vim participar da COP. Eu tô aqui desde o dia 7 de novembro, um pouco antes da abertura, e eu vim ocupar esses vários espaços. Tô cadastrado pra Blue Zone, mas também tô circulando por outros lugares, participando, conectando os saberes pra gente poder juntos construir o impacto climático e ambiental que a gente precisa pra garantir um clima mais justo, mais vivo e enfrentar toda essa crise que a gente tem no horizonte”, afirmou.
Raul, que já conhecia Belém, diz que a cidade o encanta. “Eu amo Belém, amo o tacacá, amo os banhos de rio. Já dei uma fuga pra Cotijuba no meio dessa correria toda”, contou.
Ele participa da conferência junto a uma rede de lideranças periféricas de várias regiões do país.
“Tá sendo maravilhoso. Tô com um time de outras pessoas de periferias do Brasil inteiro ocupando esse espaço potente, provando dessa comida maravilhosa, dessa cultura incrível, mas também fazendo uma luta séria”, disse.
Para o ativista, a COP deve deixar um legado que vá além dos dias do evento.
“O que fica desse pós-COP pra Belém? A gente não pode abandonar Belém quando esse evento acabar. Então tem que ter um movimento nacional pra fortalecer essa cidade”, defendeu.
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