Parque da Bioeconomia em Belém pode movimentar R$ 810 milhões nos próximos 5 anos

Espaço inaugurado no Porto Futuro 2 pode gerar R$ 60 milhões em receita em três anos e atender diretamente pelo menos 300 negócios inovadores, resultando em um faturamento para startups acolhidas pelo Parque em mais de R$ 750 milhões até 2030.

Jéssica Nascimento
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O Parque da Bioeconomia, inaugurado no Porto Futuro 2, deve movimentar R$ 810 milhões nos próximos cinco anos e gerar R$ 60 milhões em receita nos primeiros três anos, segundo a Semas (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade). A expectativa é apoiar ao menos 300 negócios inovadores, impulsionar o crescimento de 650 startups até 2030 e contribuir para que elas alcancem faturamento superior a R$ 750 milhões, além de criar 5 mil empregos diretos no setor da bioeconomia no Pará.

Empreendedores ouvidos pelo Grupo Liberal destacam que o Parque oferece infraestrutura tecnológica decisiva para ampliar a produção, desenvolver novos produtos e fortalecer parcerias com comunidades extrativistas, embora desafios como logística, certificações e regularização ainda limitem a expansão dos negócios. Para a Assobio (Associação dos Negócio da Sociobioeconomia da Amazônia), representada por Paulo Monteiro Reis, o espaço funciona como um polo de inovação, colaboração e qualificação, reduzindo riscos para novos empreendimentos, aproximando ciência e saberes tradicionais e ajudando a verticalizar a bioeconomia para torná-la mais competitiva.

Segundo o economista paraense Genardo Oliveira, a meta do Pará de impulsionar 300 negócios inovadores e gerar R$ 750 milhões em faturamento de startups até 2030, pode ocorrer especialmente nos setores de alimentos da sociobiodiversidade, fármacos naturais, cosméticos e óleos essenciais, o que exige políticas públicas voltadas à infraestrutura, crédito verde, inovação, capacitação e valorização dos saberes tradicionais.

Estratégias para garantir sustentabilidade e longo prazo

O Parque de Bioeconomia é uma das peças centrais do Plano Estadual de Bioeconomia (Planbio) e busca transformar a base econômica do estado por meio da inovação. De acordo com a Semas, a iniciativa visa não apenas gerar desenvolvimento econômico, mas também contribuir para um estado carbono neutro, criando um ambiente propício para o crescimento de negócios sustentáveis e inclusivos.

"O parque oferece dois espaços fundamentais: o Centro de Negócios e o Laboratório Fábrica. O Centro de Negócios é focado tanto em negócios comunitários quanto em startups de bioeconomia, enquanto o Laboratório Fábrica fornece uma infraestrutura tecnológica de ponta para testes e produção de produtos”, afirmou a Semas ao Grupo Liberal.

A governança do projeto é uma das chaves para garantir sua longevidade. O modelo de gestão é conduzido pela Fundação CERTI e pelo Instituto CERTI Amazônia, em parceria com organizações locais especializadas. Entre as estratégias adotadas, estão:

  • Mentorias e capacitações para apoiar os negócios, com foco na infraestrutura e desenvolvimento de produtos inovadores;
  • Curadoria e conexão de valor entre startups, mercado e capital, promovendo a integração do ecossistema de inovação;
  • Modelo financeiro híbrido, que combina receitas próprias, patrocínios e aluguel de espaços, com previsão de R$ 60 milhões em receitas nos próximos três anos.

"Não queremos que o Parque seja apenas um projeto simbólico. O objetivo é garantir operação, resultados mensuráveis e um serviço contínuo para a inovação. Esperamos que a geração de empregos e a atração de investimentos sustentáveis seja uma realidade tangível e de longo prazo", afirmou a Semas.

Impactos esperados para a economia e o mercado de trabalho local

O Parque tem um papel fundamental no crescimento do setor de bioeconomia no estado do Pará, cuja base ainda está em desenvolvimento, mas já apresenta resultados promissores. Segundo a Semas, houve um aumento de 400% no número de startups de bioeconomia na Amazônia nos últimos cinco anos, passando de 200 para mais de 800 empresas.

De acordo com a Semas, "embora o setor de bioeconomia ainda esteja em fase de crescimento, o Parque está projetado para acelerar esse processo. Ele vai apoiar tanto a criação de novas startups quanto a aceleração das já existentes, com acesso a infraestrutura avançada e apoio estratégico para posicionamento no mercado."

Até 2030, as projeções para o impacto do Parque incluem:

  • 650 startups de bioeconomia no Pará, um crescimento de 140% em relação às 279 startups identificadas em 2025;
  • Um faturamento superior a R$ 750 milhões para as startups atendidas pelo Parque;
  • A geração de 5.000 empregos diretos nas empresas apoiadas, com potencial de criar uma cadeia de novos postos de trabalho em diversas áreas da bioeconomia.

"Embora não tenhamos uma meta exata de atração de investimentos, o ambiente inovador que estamos criando certamente reduzirá os riscos e aumentará a atratividade do capital, o que potencializa o sucesso das startups. Esperamos ver não apenas o crescimento de negócios locais, mas também o acesso a mercados globais”, disse a Semas.

O Laboratório Fábrica é visto como um ponto crucial para que as startups possam produzir seus produtos com qualidade e competir em mercados exigentes, incluindo os setores de alimentos e bebidas, cosméticos, fármacos e química fina. 

Além disso, a expectativa é que o Parque também desenvolva tecnologias que aumentem a eficiência das cadeias produtivas da bioeconomia, como soluções para energia descentralizada, logística e automação, criando novas oportunidades para empresas e comunidades locais.

Monitoramento e avaliação de impactos

A Semas destaca que, embora ainda não existam métricas exatas para o impacto ambiental e econômico do Parque, os primeiros dados serão coletados ao longo dos primeiros cinco anos de operação, o que permitirá estabelecer uma linha de base de referência para a inovação na bioeconomia da Amazônia.

"Além das projeções de crescimento econômico e geração de empregos, monitoraremos constantemente os impactos ambientais e socioterritoriais das startups apoiadas. Esse acompanhamento contínuo garantirá que o Parque contribua efetivamente para a sustentabilidade da região”, informou a secretaria.

Valorização das comunidades e da conservação florestal

Um dos pilares fundamentais do Parque de Bioeconomia é a conservação ambiental aliada ao desenvolvimento de modelos de negócio sustentáveis. De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), o Parque foi projetado para garantir que as startups apoiadas sigam práticas que respeitem e promovam a preservação das florestas e valorizem os saberes tradicionais das comunidades da Amazônia.

"As startups apoiadas pelo Parque passam por uma avaliação semestral, que inclui a dimensão 'impacto'. Nessa análise, a empresa deve demonstrar como suas atividades contribuem para a conservação ambiental e como está valorizando o conhecimento tradicional das comunidades locais”, disse a secretaria.

Além disso, o Parque investe diretamente em ações que fortalecem as comunidades locais, como a Casa da Sociobioeconomia, a Escola de Saberes da Floresta e o Laboratório Vivo. Essas iniciativas visam empoderar as comunidades, promovendo a compreensão sobre direitos, negócios e acesso à inovação.

"O Parque não só orienta as comunidades sobre seus direitos, mas também as capacita para que possam operar seus próprios negócios sustentáveis, acessando os benefícios da inovação e da bioeconomia", explicou a Semas.

Atração de investimentos e apoio ao crescimento das startups

O Parque de Bioeconomia também oferece estruturas de apoio financeiro para as startups que desejam se instalar na região. Por meio de sua estrutura de Balcão Único, o Parque facilita o acesso das empresas a fundos de investimento, créditos e programas de fomento externos, promovendo uma rede de parcerias que amplia as possibilidades de financiamento. Além disso, o Parque organiza rodadas de investimentos para conectar as startups a potenciais investidores.

"Nossa missão é garantir que as startups tenham acesso a um pipeline de negócios qualificados. Oferecemos suporte em todas as etapas, desde a avaliação inicial até a conexão com investidores e fontes de financiamento", afirmou a Semas.

Um dos grandes diferenciais do Parque é sua capacidade de atrair programas de parcerias internacionais que podem subsidiar os custos de serviços essenciais, como o Laboratório Fábrica. 

Startups ou negócios comunitários que não têm recursos para contratar os serviços do laboratório podem contar com apoio financeiro de programas parceiros, garantindo que o custo de acesso à inovação e tecnologia não seja um impeditivo para o crescimento dos negócios.

"O Parque não só oferece uma infraestrutura de ponta, mas também conecta startups a uma rede de parceiros estratégicos. Isso facilita o acesso a tecnologias e serviços essenciais para o desenvolvimento das empresas", complementou a Semas.

Startup amplia produção de forma sustentável

image Leonardo Modesto afirma que equipamentos do Parque ampliaram produção (Ivan Duarte / O Liberal)

Leonardo Modesto, empreendedor e idealizador de uma startup amazônica, compartilha como o Parque de Bioeconomia, produz um sal de ervas amazônicas de forma artesanal e, com o apoio do Parque, conseguiu expandir sua produção, melhorar a qualidade dos produtos e integrar mais famílias no processo produtivo.

"Antes de conhecer o Parque, nossa capacidade de produção era limitada. Fazíamos todo o processo de forma artesanal, e com equipamentos simples conseguimos alcançar no máximo 60 unidades de ervas desidratadas. Com o Parque, conseguimos acessar tecnologias que aumentam nossa produção significativamente, como desidratadores que têm capacidade para 200 maços de ervas. Isso nos permite trabalhar com mais famílias, agregando mais pessoas ao processo produtivo, de forma sustentável", explicou Modesto.

A agricultura familiar é um dos pilares do seu negócio, com a integração de quintais agroflorestais e o trabalho de conscientização nas comunidades locais. Para ele, a parceria com o Parque tem sido essencial para viabilizar um modelo de produção mais eficiente e inclusivo.

"O Parque não só permite ampliar nossa produção, mas também fortalece o nosso objetivo de trabalhar de maneira sustentável, com mais comunidades envolvidas. A possibilidade de aumentar a produção e beneficiar mais famílias é o que faz o Parque ser tão importante para o nosso negócio”, disse.

Desafios para escalar um negócio verde na Amazônia

Apesar das oportunidades, Modesto também aponta desafios significativos para escalar negócios na região, especialmente no contexto da agricultura familiar e das comunidades extrativistas. Um dos principais obstáculos é a falta de regularização e a dificuldade em acessar recursos e certificações.

"A grande dificuldade hoje é a falta de regularização. Por exemplo, um simples selo da Adepará poderia abrir portas para que a gente conseguisse comercializar nossos produtos em mercados mais amplos. A falta de certificações impede que muitos negócios, especialmente os de comunidades como a nossa, escalem sua produção e se tornem competitivos", explicou Modesto.

Ele também mencionou a dificuldade enfrentada por uma comunidade quilombola com a qual trabalha, que luta desde 2019 para conseguir recursos e concluir a construção de uma casa de farinha. Modesto defende que políticas públicas que incentivem a regularização e o acesso a recursos são fundamentais para que os negócios da bioeconomia na Amazônia possam prosperar.

"Com um selo e a regularização, seria muito mais fácil para nossa produção de farinha alcançar novos mercados. Hoje conseguimos gerar visibilidade, mas ainda não conseguimos vender fora da nossa região por falta de certificação", completou o empreendedor.

Ana Cláudia Araújo: expansão e inovação com sustentabilidade

Ana Cláudia Araújo, sócia-proprietária de uma empresa paraense especializada em cosméticos naturais, destaca que o Parque de Bioeconomia oferece uma infraestrutura estratégica para o crescimento da sua empresa, integrando ciência, tecnologia e sustentabilidade. Segundo ela, o Parque não só permite que a produção seja ampliada de forma responsável, mas também facilita o acesso a novos mercados, tanto no Brasil quanto no exterior

“O Parque representa um ambiente único para empresas como a minha. Com a infraestrutura compartilhada, centros de pesquisa e incubação tecnológica, podemos escalar a produção, sem perder o compromisso com o uso responsável dos recursos da floresta. Além disso, ele oferece acesso a investidores e pesquisadores, fortalecendo nossa presença no mercado nacional e internacional”, detalhou.

A parceria com comunidades extrativistas, como as que fornecem manteiga de cupuaçu e óleo de buriti, é fundamental para garantir a origem ética e sustentável dos ingredientes. Com o apoio técnico e científico do Parque, Ana acredita que será possível aperfeiçoar processos de extração e refino, mantendo a preservação da biodiversidade amazônica.

Segundo ela, “as comunidades extrativistas são a base do nosso trabalho. Elas garantem que nossos produtos não só tenham qualidade, mas também uma rastreabilidade que assegura a origem ética dos insumos. Com o suporte do Parque, podemos aprimorar a extração e desenvolver novas formulações, ampliando o valor agregado dos nossos produtos.”

No entanto, ela ressalta que a logística e a burocracia para certificações ainda são desafios importantes. Para que a bioeconomia se torne mais competitiva, é essencial criar políticas públicas que promovam incentivos fiscais, linhas de financiamento específicas e programas de capacitação para as comunidades locais.

“Para que a bioeconomia se torne competitiva, precisamos de políticas de fomento, com incentivos fiscais e capacitação técnica. O fortalecimento dos arranjos produtivos locais é fundamental para garantir que os negócios da Amazônia sejam competitivos e sustentáveis”, disse.

Dany Neves: a floresta como motor de inovação e crescimento

Dany Neves, fundadora da marca de cosméticos que produz sabonetes e cosméticos naturais, veganos e multifuncionais, reforça a visão do Parque de Bioeconomia como uma oportunidade de escala sem comprometer os princípios socioambientais.

“O Parque foi uma virada de chave para nós. Com acesso à infraestrutura tecnológica e laboratorial, apoio à pesquisa e ambientes de incubação, conseguimos ampliar a produção mantendo o compromisso com o território. Isso significa crescer com coerência e propósito, sem perder a conexão com a floresta e as comunidades locais”, declarou.

Dany também ressalta o papel crucial das comunidades extrativistas no processo de fabricação de seus produtos. Elas não só garantem a qualidade e a rastreabilidade dos insumos, como também preservam os saberes tradicionais sobre o uso sustentável dos recursos naturais da Amazônia.

“As comunidades extrativistas são a alma do nosso produto. Elas garantem que os insumos usados nos cosméticos carreguem a essência da floresta, com rastreabilidade e qualidade. Além disso, o acesso aos laboratórios e tecnologias do Parque nos permite testar novas formulações e desenvolver processos mais eficientes, sem perder a conexão com o território”, explicou.

Para Dany, um dos maiores desafios é a falta de infraestrutura e logística adequadas para escalar a produção, especialmente no setor de cosméticos. Atualmente, ela enfrenta dificuldades em expandir sua produção devido à escassez de indústrias capazes de produzir sabonetes naturais na região Norte, o que a obriga a buscar alternativas no Sudeste do Brasil.

“Hoje, não consigo atender à demanda que cresce a cada ano. Se eu tivesse acesso a uma fábrica adequada aqui em Belém, poderia escalar a produção sem tirar a essência da Amazônia. Por isso, o Parque representa a esperança de que, em breve, seja possível escalar a produção sem precisar sair da nossa origem”, concluiu.

Assobio destaca inovação e colaboração para empreendedores locais 

De acordo com Paulo Monteiro Reis, presidente da Associação de Sociobioeconomia da Amazônia (Assobio), o Parque não só simboliza uma agenda prioritária para o estado, como também abre portas para uma série de oportunidades práticas que podem acelerar a inovação e o crescimento das empresas locais.

Em entrevista, Reis destacou que o Parque oferece uma série de serviços essenciais para os empreendedores, como o laboratório-fábrica, um espaço dedicado à criação e prototipagem de produtos e inovações. 

“Esse laboratório-fábrica é fundamental, pois permite que os empreendedores testem suas ideias, validem seus produtos e avaliem a viabilidade do negócio antes de realizar investimentos significativos em fábricas ou plantas de produção”, afirmou. Segundo ele, isso facilita o processo de inovação e reduz o risco para os empreendedores.

Além disso, o parque concentra diversos serviços e parceiros em um único local, o que torna a busca por fornecedores, investidores e outros colaboradores muito mais ágil. "Com isso, os empreendedores conseguem avançar mais rapidamente com seus negócios e gerar valor a partir da floresta em pé", completou.

O Parque também se apresenta como um polo de colaboração entre diferentes setores da sociedade, envolvendo não apenas empresas e empreendedores, mas também universidades e comunidades tradicionais. 

Paulo Monteiro Reis enfatizou a importância da interação entre esses ecossistemas, ressaltando que a união de conhecimentos científicos com saberes tradicionais é um diferencial crucial para o sucesso dos negócios. 

“O Parque é um ponto de convergência entre a academia, que traz ciência e tecnologia, e as comunidades tradicionais, que oferecem o conhecimento ancestral sobre a floresta e suas riquezas", explicou.

Desafios para aumentar a competitividade da bioeconomia

A bioeconomia amazônica ainda enfrenta desafios para se tornar competitiva em escala nacional e internacional, principalmente devido ao caráter recente dessa prática. Segundo Reis, é fundamental que os empreendedores da região adquiram mais experiência e capacidade para entender e se adaptar às demandas do mercado.

“Ainda estamos no início desse processo. A bioeconomia na Amazônia tem apenas 5 ou 6 anos de desenvolvimento, então precisamos de tempo para amadurecer esse mercado", observou.

Outro aspecto crucial, conforme ele, é o alinhamento das inovações com as necessidades do mercado. “Muitas vezes, os produtos que criamos não têm a adesão do consumidor porque não atendem às expectativas ou necessidades do mercado. É preciso equilibrar o que temos agora com o que queremos construir no futuro", explicou.

O presidente da Assobio também destacou a importância de políticas públicas e privadas que promovam a Amazônia tanto no Brasil quanto no exterior. 

"É essencial que a população brasileira compreenda a riqueza da Amazônia e se sinta motivada a consumir produtos que venham de lá", afirmou. 

Ele acredita que a sustentabilidade é um aspecto importante, mas que outros fatores como qualidade, sabor e impacto social também devem ser ressaltados para atrair a atenção do consumidor.

Por fim, Reis destacou o papel do Parque em permitir a verticalização da bioeconomia, o que ajudará a agregar mais valor aos produtos e aumentar a geração de emprego e renda na região. “Com a ajuda do Parque, podemos industrializar e agregar valor aos produtos da bioeconomia, criando um ciclo sustentável que beneficie tanto os empreendedores quanto as comunidades locais”, concluiu.

 

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