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‘Precisamos nos unir e garantir a paz e preservar as florestas’, diz Cacique Raoni no 2º dia da COP

Líder indígena critica exploração de petróleo e gás na Foz do Amazonas durante debate promovido pelo MPF e MPT na conferência climática em Belém.

Jéssica Nascimento

No segundo dia da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), realizada em Belém, o cacique Raoni Metuktire fez um apelo pela união e pela preservação ambiental. Durante debate promovido pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre a exploração de petróleo e gás na Foz do Amazonas, o líder caiapó reafirmou sua oposição a projetos que ameaçam a floresta e o modo de vida dos povos indígenas.

Na manhã desta terça-feira (11), no estande da Green Zone, o cacique, símbolo internacional da luta pela defesa da Amazônia, pediu consciência e união diante das crescentes ameaças à floresta e às comunidades tradicionais.

“Precisamos que todos tenham consciência e preservem as florestas que restam, porque as nossas gerações futuras também vão precisar de ar pra respirar”, afirmou o líder indígena, sendo aplaudido pelo público presente.

Raoni criticou a exploração de petróleo e gás na região da Foz do Amazonas, tema central do debate promovido pelo MPF e pelo MPT, destacando que essas atividades colocam em risco não apenas o equilíbrio ambiental, mas também a paz entre os povos. 

“Sou contra essas coisas porque precisamos de paz, precisamos viver em paz um com o outro. É sobre isso que eu venho falando, mesmo que cada vez mais cansado, mais velho”, disse.

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O cacique reforçou que sua luta continua e convocou governos, instituições e a sociedade civil a se posicionarem contra políticas que favorecem a destruição ambiental. 

“Nós precisamos nos unir e nos posicionar contra esse tipo de coisa ruim, pra gente garantir a nossa paz. Temos que lutar juntos”, concluiu.

A COP 30, que começou nesta segunda-feira (10) e segue até o dia 21 de novembro em Belém, marca a primeira vez que a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas ocorre em uma cidade da Amazônia. 

O evento reúne líderes mundiais, autoridades, cientistas e representantes de comunidades tradicionais em torno de um objetivo comum: discutir soluções urgentes para o futuro do planeta.