Navios de cruzeiro serão usados como hospedagem na COP: diárias variam entre U$ 220 e U$ 600
A estadia será mais barata para os 98 países menores em desenvolvimento e países insulares
O governo federal confirmou nesta quarta-feira,16, que dois navios de cruzeiro serão usados como hospedagem temporária durante a Conferência da ONU Sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém.
As embarcações, que foram contratadas pela operadora de turismo Qualitours, se chamam MSC Seaview e Costa Diadema e vão oferecer cerca de 3.900 cabines, com capacidade total estimada em 6 mil leitos. Os navios ficarão atracados no Terminal Portuário de Outeiro, que passa por revitalização e será conectado à cidade por uma nova ponte, que terá previsão de deslocamento de 30 minutos até os locais oficiais da conferência.
A estratégia do governo integra o plano de ampliar a rede de hospedagem na capital paraense, que deve receber até 50 mil visitantes durante o evento. A iniciativa foi conduzida pela Secretaria Extraordinária da COP30 em parceria com a Embratur, que desde abril é responsável pela modelagem e gestão da operação.
VEJA MAIS
A oferta de acomodações será feita por etapas, sob mediação da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). No primeiro momento, os leitos serão disponibilizados por meio de uma plataforma oficial aos 98 países menores em desenvolvimento e países insulares, com diárias de até US$ 220. Após isso, os demais países terão acesso à reserva, que custará US$ 600 a diária.
Além dos cruzeiros, o governo pretende utilizar hotéis, imóveis de aluguel por temporada e outras estruturas temporárias. A promessa é garantir condições “adequadas e acessíveis” para delegações da ONU, observadores, acadêmicos, representantes da sociedade civil e empresários. “Esses dois grandes navios vêm se somar às diversas soluções de hospedagem voltadas a todos os públicos que virão à COP”, afirmou o secretário extraordinário da COP30, Valter Correia.
Segundo a Embratur, a operação com os cruzeiros deve deixar como legado a melhoria da infraestrutura portuária em Outeiro e o estímulo ao turismo na região.
Palavras-chave