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Exposição interativa ‘Casa Vozes do Oceano’ é novidade marcada para a COP 30

Exposição aberta ao público será montada na Casa das Onze Janelas e veleiros da família Schurmann, responsável pelo projeto ‘Voz dos Oceanos’ estarão abertos para visitação do público

Andréia Santana / Especial para O Liberal

Com a proximidade da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), novidades começam a surgir para o mês de novembro, quando o evento será realizado em Belém. O Instituto Voz dos Oceanos, em parceria com o Governo do Pará, anunciou nesta terça-feira (24) a exposição “Casa Vozes do Oceano”, que acontecerá entre os dias 6 e 22 de novembro, na Casa das Onze Janelas, em Belém.


A mostra será interativa, com diversas atrações para quem deseja conhecer mais sobre os efeitos da poluição nos oceanos e rios do Pará e do mundo. Além disso, contará com a presença de diversos artistas locais. A programação completa deve ser anunciada antes da abertura.

“Estamos felizes por realizar esse evento aqui. Teremos salas imersivas, palestras, visitação, um cinema, tudo montado na Casa das Onze Janelas para receber o público de braços abertos. A família também adora receber pessoas, então os veleiros, incluindo o Kat, também estarão abertos para visitação”, explicou a diretora de operações do Voz dos Oceanos, Fabiola Carlotto.

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Mais conhecido como capitão, Vilfredo Schurmann, pai da família Schurmann e idealizador do projeto Voz dos Oceanos, celebrou a realização da exposição em Belém, por onde a família já havia passado com o veleiro Kat em 2022.

“Vai ser impactante o que vamos fazer, estamos muito contentes. Desde que passamos aqui em 2022, o Pará nos recebeu de braços abertos e estamos muito felizes com a presença aqui”, disse.

Chefes de estado na exposição

A abertura da exposição foi marcada propositalmente para o dia 6 de novembro, para que líderes mundiais possam incluir em suas agendas uma visita à Casa Vozes do Oceano. A cúpula dos chefes de Estado está prevista para os dias 6 e 7 de novembro. A secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, comemorou a realização da mostra e destacou a oportunidade de imersão cultural durante a COP.

“Estou muito grata por essa parceria possibilitada durante esse período da COP30, nesse nosso espaço tão importante para a história da cidade. Essa sessão durante esse período da COP promoverá um encontro da educação, da ciência, da tecnologia com a arte. Muito bonito esse projeto que nos convida também a pensarmos uma ocupação desse espaço, um diálogo com a produção cultural das Amazônias. Teremos artistas locais convidados para estarem presentes nesse processo de construção criativa da ocupação”, afirmou.

“Nesse momento, a política cultural do Governo do Estado está abraçando um projeto que tem um caráter educativo, um caráter de chamamento para a sociedade, para que todas e todos nós, por meio da educação, da arte, da criatividade, da inventividade, da inovação, da tecnologia e da escuta da nossa natureza, possamos estar cada vez mais engajados nesse desafio que é civilizatório. E toda essa ocupação multicultural e multissensorial na nossa Casa das Onze Janelas vai dar um sabor ainda mais especial para todas as motivações culturais que acontecerão em Belém durante esse período da COP30”, completou.

Pesquisa nos rios do Pará

Durante a primeira visita da família Schurmann ao Pará, a bordo do veleiro Kat, em 2022, foi realizada uma pesquisa nos rios de todo o estado para estudar espécies locais e os efeitos do plástico na vida marinha. Segundo Vilfredo Schurmann, os resultados reforçaram a urgência de preservar esses ecossistemas.

“A quarta volta ao mundo que estamos fazendo mostra que os rios e oceanos estão precisando de fôlego diante da poluição. Passamos dois meses navegando pelo Pará em 2022 e levamos imagens para todas as partes do mundo, exibindo a exuberância deste lugar e nossa missão de conscientizar o público sobre a preservação de rios e oceanos. Recebemos um relatório indicando que 60 botos tinham plástico no estômago e, além deles, também peixes-boi. É muito preocupante”, relatou.

O gerente de comunicação do Voz dos Oceanos, Alexandre Moreno, explicou as etapas da pesquisa e adiantou que o resultado completo será apresentado durante a exposição na Casa Vozes do Oceano, em novembro.

“Quatro mulheres a bordo refizeram parte da nossa rota pela costa brasileira, de Itajaí a Belém, coletando moluscos como mexilhões e ostras, que são filtradores de microplástico. Quando esses animais são consumidos, as partículas acabam chegando até nós. O estudo vai mostrar o nível de poluição por microplásticos na costa brasileira e como isso interfere na nossa segurança alimentar”, detalhou.