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Escolas são adaptadas para receber visitantes durante a COP 30

A escola vai funcionar como hospedagem temporária na modalidade de Hostel

Madson Sousa / Especial para O Liberal

Com expectativa de receber mais de 50 mil visitantes nos próximos dias durante a 30° Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), escolas de Belém estão sendo adaptadas como parte da estratégia de acomodação das delegações. Na escola Cordeiro de Farias, na avenida Almirante Barroso, no Souza, são 396 leitos com preços de até R$ 249,99 a diária. 


Até o final de novembro as salas de aulas darão lugar a quartos e as cadeiras serão substituídas por camas no estilo beliche, onde cada espaço poderá acomodar 16 pessoas. A escola vai funcionar como hospedagem temporária na modalidade de Hostel, onde os quartos são compartilhados, banheiros são coletivos, cozinhas compartilhadas e áreas comuns.

Jean Farias é diretor da empresa responsável pelo Hostel na escola Cordeiro de Farias e conta que os visitantes poderão ir caminhando até Green Zone, espaço administrado pelo Brasil e aberto ao público, reunindo experiências em educação, tecnologia, debates, exposições e apresentações culturais. “Aqui destaco a segurança, comodidade e estar muito perto do evento, teremos lanchonete, tradutores para auxiliar, então aqui tá tudo pronto.”

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A escola fica aproximadamente 900 metros do local do evento e está com 50% das acomodações já reservadas. No hostel temporário, os turistas também poderão conhecer o Centro de Inovação e Sustentabilidade da Educação Básica, que funciona dentro da unidade escolar e ficará aberto para visitações durante a estadia dos visitantes. O espaço conta com áreas dedicadas à capacitação de professores e ao aprendizado de estudantes, das redes estadual e municipal, oferecendo métodos, práticas e tecnologias para enfrentar os desafios da educação pública contemporânea.

Quem já está na cidade para conferência é Heritokilalaina Ambinintsoa da delegação de Madagascar, país do sudeste da África. Ela conta que essa é a primeira COP que participa e ressalta a importância do encontro ser realizado na Amazônia. “Estou muito feliz de ter vindo ao Brasil e surpresa com a boa organização. Como moradora de Madagascar, meu objetivo é manter a conservação das florestas.” A tradução foi realizada com auxílio do intérprete Luan Carvalho.

Heritokilalaina explicou que ainda não teve tempo de conhecer muito a cidade, mas espera poder explorar os principais pontos turísticos em breve. “Ainda não tive tempo, mas pretendo conhecer pois tenho muito interesse por Belém.”

No início do ano o governo do Pará tinha informado que algumas escolas seriam adaptadas para receber visitantes durante a COP 30. O jornal O Liberal entrou em contato para saber quantas escolas foram adaptadas e quanto isso representaria em termos de vagas de leitos para hospedagem, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.