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COP 30 começa com o desafio de ampliar debate sobre financiamento climático

A capital paraense deve reunir, nos próximos dias, mais de 60 mil visitantes

Madson Sousa / Especial para O Liberal

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) começa em Belém já marcada pela história: é a primeira vez que o maior evento climático do planeta acontece na Amazônia. A capital paraense deve reunir, nos próximos dias, mais de 60 mil visitantes e pelo menos 160 delegações internacionais, consolidando-se como o centro das discussões ambientais globais.

Durante o evento, o governo brasileiro apresentará o “Compromisso de Belém pelos Combustíveis Sustentáveis”, iniciativa que busca impulsionar, em escala mundial, a adoção de fontes energéticas mais limpas e renováveis. Outro destaque será a “Declaração de Belém sobre Fome, Pobreza e Ação Climática Centrada nas Pessoas”, que reforça a necessidade de que o financiamento climático priorize soluções centradas na sociedade, garantindo que os investimentos em mitigação e adaptação também promovam proteção social, resiliência dos sistemas alimentares e desenvolvimento humano.

Entre as principais iniciativas, também está o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), um projeto global inovador, liderado pelo Brasil, voltado à proteção e conservação das florestas tropicais para as futuras gerações. Todas essas iniciativas foram apresentadas aos líderes mundiais durante a Cúpula do Clima, realizada na quinta, 6, e sexta-feira, 7, em Belém, e agora passam a ser temas de debates na COP 30. 

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O TFFF começa com forte respaldo internacional, totalizando US$ 5,5 bilhões em compromissos iniciais. O Brasil aportará US$ 1 bilhão, enquanto a Noruega, tradicional parceira em políticas ambientais, lidera as contribuições com US$ 3 bilhões. Indonésia e França também aderiram à iniciativa, com US$ 1 bilhão e US$ 500 milhões, respectivamente.

A Alemanha já manifestou apoio político ao fundo, embora ainda não tenha anunciado o montante da sua participação. Outros países europeus, como Portugal e Holanda, devem contribuir com valores menores, voltados à estruturação operacional do mecanismo, que será gerido pelo Banco Mundial. O bilionário australiano Andrew Forrest, fundador da Minderoo Foundation e da mineradora Fortescue Metals Group, foi o primeiro a anunciar um investimento privado no fundo com aporte de US$ 10 milhões.