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COP 30: Brasil se apresenta como referência em descarbonização, afirma ministro Alexandre Silveira

Para o ministro Silveira, a COP em Belém será destaque por pautar energias limpas e renováveis

Thaline Silva*

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira (14), em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, que o Brasil se apresentará à comunidade internacional na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 30) como um país de referência em energias limpas e renováveis. “Vamos de cabeça erguida porque somos o país que mais descarboniza no mundo”, declarou, sobre o evento que será realizado em novembro, em Belém (PA).

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Silveira destacou avanços recentes na área de energia limpa e renovável. Segundo ele, o aumento do etanol na gasolina de 27% para 30% e do biodiesel no diesel de B10 para B15 criou uma nova indústria, gerando milhares de empregos. “Tudo isso foi possível graças à Lei do Combustível do Futuro, enviada por nós ao Congresso e aprovada em um ano”, ressaltou.

O ministro também enfatizou que a combinação de uma matriz energética majoritariamente limpa — com 90% de energia renovável — e fatores como estabilidade política, econômica e jurídica, tornam o Brasil atraente para investimentos internacionais. “A COP não será apenas a COP da floresta, mas também das energias limpas e renováveis. Quem quer produzir de forma sustentável, investe e produz no Brasil”, afirmou.

Data Centers e Redata

Silveira apontou que o país tem potencial para se tornar um polo de data centers, essenciais para a infraestrutura digital moderna. “O Brasil vai ser, a médio prazo, um celeiro de investimentos em data centers. Já há negociações para receber o TikTok no Ceará, com R$ 50 bilhões de investimento”, disse.

O ministro lembrou ainda da Medida Provisória que institui o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata), assinada em setembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O programa busca estimular áreas estratégicas da Indústria 4.0, como computação em nuvem, inteligência artificial, smart factories e Internet das Coisas, oferecendo incentivos fiscais vinculados a investimentos em pesquisa e desenvolvimento, com prioridade para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

“Essa medida cria condições para atrair grandes investimentos internacionais, que exigem armazenamentos feitos com energia limpa, renovável e segura. O Redata fortalece nossa matriz energética e nosso sistema como um todo”, afirmou Silveira.

*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia

 

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