MENU

BUSCA

Como se preparar para Língua Portuguesa no CNU 2025: foco na interpretação e aplicação das regras

Professor belenense dá dicas de como se preparar para a banca FGV

Paula Almeida / Especial para O Liberal

Com a aproximação do Concurso Nacional Unificado (CNU), candidatos de todo o país já estão intensificando os estudos, especialmente para a temida disciplina de Língua Portuguesa. Neste ano, a banca responsável pela elaboração das provas será a Fundação Getúlio Vargas (FGV), substituindo a Cesgranrio, que aplicou o certame anterior. A troca traz implicações diretas na forma como os conteúdos são cobrados e estar atento a essas mudanças pode fazer toda a diferença.

O último CNU para nível médio teve 15 questões de Língua Portuguesa, além de uma prova de redação. Para este ano, o candidato também deverá focar na matéria com o objetivo de alcançar um bom resultado. Para entender como se preparar de maneira mais estratégica, ouvimos o professor Celso Flexa, que atua há 27 anos com o ensino da disciplina e leciona em cursos preparatórios e escolas em Belém.

VEJA MAIS 

CNU2 tem inscrições abertas a partir desta quarta-feira (2); veja o edital
Certame destina 135 vagas à Região Norte, o estado do Pará contará com 103 vagas específicas

CNU 2025: veja quando é a data de inscrições do concurso público e confira o cronograma
Nesta edição, o concurso ofertará 3.642 vagas distribuídas entre 32 órgãos federais

A principal diferença: competência versus habilidade

Segundo Flexa, os conteúdos cobrados em concursos geralmente são os mesmos: regência, crase, tempos verbais, pontuação, entre outros. A diferença está na forma como esses temas são abordados por cada banca. “A Cesgranrio é mais gramatiqueira, cobra questões mais diretas e decorativas. Já a FGV exige que o candidato aplique o conteúdo dentro de um contexto, com mais interpretação e raciocínio textual”, explica.

Na prática, isso significa que decorar regras não basta. A FGV quer saber se o candidato compreende o efeito de uma vírgula, a mudança de sentido causada por um adjetivo ou se um pronome foi bem utilizado em um determinado trecho. Além disso, é importante que o concurseiro fique em alerta quanto a atualização de temas das provas de redação, que podem variar bastante dos da banca anterior. 

O que e como estudar

1. Estude a banca FGV com profundidade. “Faça um levantamento de provas anteriores e observe quais assuntos aparecem com mais frequência e como são cobrados. É possível perceber padrões, inclusive na sequência das alternativas”

2. Foque na aplicação, não na memorização. Em vez de decorar o que é um pronome demonstrativo, por exemplo, aprenda como ele funciona no tempo e no espaço textual. “‘Este’ se refere ao presente, ‘esse’ ao passado ou futuro próximo e ‘aquele’ ao tempo afastado”, exemplifica.

3. Treine reescrita textual. A FGV costuma pedir que o candidato avalie se uma alteração de vírgula, tempo verbal ou conjunção muda o sentido da frase. “Você precisa pensar como um corretor de redação”, afirma o professor.

4. Monte um banco de palavras e estruturas da FGV. Flexa recomenda que os candidatos anotem termos recorrentes, conjunções e construções que aparecem com frequência nas provas. “Se em 10 provas, 8 cobraram pontuação, é um sinal claro de que você deve dominar esse assunto”.

5. Pratique com provas comentadas. Resolver questões antigas da FGV, principalmente de concursos com estrutura semelhante ao CNU, é uma das estratégias mais eficazes para ganhar familiaridade com o estilo da banca.