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RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Vacinação avança no Pará, mas extremo oeste do estado enfrenta cenário de contaminações e mortes

Rodolfo Marques

O Pará iniciou no dia 19 de janeiro a vacinação contra a covid-19. Nesse primeiro lote, em parceria com o Instituto Butantan (São Paulo-SP), o estado recebeu 173.240 doses de vacinas. Segundo o plano estadual de imunização, quase 50 mil doses foram destinadas à população indígena – e as demais foram encaminhadas para atender profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à doença em todo o estado, nesses mais de 10 meses de pandemia no Pará. Alguns municípios, como Ananindeua, na região metropolitana de Belém, já concluíram a primeira etapa de aplicação das vacinas.

Para além das dificuldades logísticas em virtude das dimensões do Pará, o estado enfrenta, assim como boa parte das outras unidades federativas, algumas práticas de corrupção, como as “furadas de fila”, os cadastros ilegais e os desvios de finalidade no uso da vacina. Estão no alvo das apurações das autoridades os familiares de trabalhadores da saúde, parentes de empresários e até prefeitos. Houve casos identificados no município de Castanhal, no nordeste do Pará.

O contexto ganha ainda mais contornos de dramaticidade pelos números da doença na segunda quinzena de janeiro de 2021. O Brasil já tem mais de 215 mil mortes. No Pará, são praticamente 7.500 óbitos e quase 320 mil casos.

Já o extremo oeste do Pará vive nova crise, principalmente nas cidades de Terra Santa e Faro. Há falta de leitos, de medicamentos e de oxigênio, reflexo da situação vivida pela cidade de Manaus e de outros municípios do interior amazonense. O governador Helder Barbalho (MDB) esteve pessoalmente em Faro e identificou que há uma segunda onda de contaminações e mortes pela covid-19. Nesse cenário preocupante, o Governo do Pará tenta garantir doses extras da vacina para a região. Também decretou o aumento das restrições à concentração de pessoas para tentar evitar a expansão da doença. A ideia desse movimento seria a criação de uma espécie de barreira imunológica na região, principalmente entre os grupos de maior risco.

Com a alta dos registros de contaminação em todo o Brasil, principalmente pelas aglomerações do final do ano e pelo desastre total observado no Ministério da Saúde, a situação volta a ficar muito grave nos estados e municípios do país. O início da vacinação traz boas esperanças, ao mesmo tempo em que os cuidados individuais devem ser tomados para diminuir os efeitos dessa crise coletiva que assola o país há quase um ano.

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