Vacinação avança no Pará, mas extremo oeste do estado enfrenta cenário de contaminações e mortes Rodolfo Marques 22.01.21 18h00 O Pará iniciou no dia 19 de janeiro a vacinação contra a covid-19. Nesse primeiro lote, em parceria com o Instituto Butantan (São Paulo-SP), o estado recebeu 173.240 doses de vacinas. Segundo o plano estadual de imunização, quase 50 mil doses foram destinadas à população indígena – e as demais foram encaminhadas para atender profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à doença em todo o estado, nesses mais de 10 meses de pandemia no Pará. Alguns municípios, como Ananindeua, na região metropolitana de Belém, já concluíram a primeira etapa de aplicação das vacinas. Para além das dificuldades logísticas em virtude das dimensões do Pará, o estado enfrenta, assim como boa parte das outras unidades federativas, algumas práticas de corrupção, como as “furadas de fila”, os cadastros ilegais e os desvios de finalidade no uso da vacina. Estão no alvo das apurações das autoridades os familiares de trabalhadores da saúde, parentes de empresários e até prefeitos. Houve casos identificados no município de Castanhal, no nordeste do Pará. O contexto ganha ainda mais contornos de dramaticidade pelos números da doença na segunda quinzena de janeiro de 2021. O Brasil já tem mais de 215 mil mortes. No Pará, são praticamente 7.500 óbitos e quase 320 mil casos. Já o extremo oeste do Pará vive nova crise, principalmente nas cidades de Terra Santa e Faro. Há falta de leitos, de medicamentos e de oxigênio, reflexo da situação vivida pela cidade de Manaus e de outros municípios do interior amazonense. O governador Helder Barbalho (MDB) esteve pessoalmente em Faro e identificou que há uma segunda onda de contaminações e mortes pela covid-19. Nesse cenário preocupante, o Governo do Pará tenta garantir doses extras da vacina para a região. Também decretou o aumento das restrições à concentração de pessoas para tentar evitar a expansão da doença. A ideia desse movimento seria a criação de uma espécie de barreira imunológica na região, principalmente entre os grupos de maior risco. Com a alta dos registros de contaminação em todo o Brasil, principalmente pelas aglomerações do final do ano e pelo desastre total observado no Ministério da Saúde, a situação volta a ficar muito grave nos estados e municípios do país. O início da vacinação traz boas esperanças, ao mesmo tempo em que os cuidados individuais devem ser tomados para diminuir os efeitos dessa crise coletiva que assola o país há quase um ano. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave covid-19 coronavírus colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09