RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Precisamos falar de política. A solução, geralmente, está nela e a partir dela

Rodolfo Marques

A convivência com Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI’s) – como a que trata da Pandemia de Covid-19 –, as discussões em redes sociais, as querelas ideológicas e as paixões exacerbadas, muitas vezes, trazem à tona a importância e onipresença da questão política. Eventualmente, fala-se em não se querer discutir política, quando, na verdade, o desejo manifestado de muitos é o de não tratar de disputas partidárias.

A política, em essência, como ato de cidadania e como instrumento de luta por direitos, é essencial e deveria, sim, mobilizar o máximo possível das pessoas e de suas atenções. Por óbvio, muito do desencanto de parte da população brasileira, por exemplo, está ligado aos escândalos exibidos na mídia, à perda de credibilidade da classe política e/ou à ineficiência de alguns representantes do povo em evidenciar soluções, como na crise pandêmica que assola o país desde março de 2020.

Uma situação que emerge nesse contexto é a da polarização política, muito evidente a partir do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016; da prisão do ex-presidente Lula, em 2018; e da vitória, também em 2018, de Jair Bolsonaro (então no PSL), para o cargo máximo da República brasileira. Os discursos mais à direita ou à esquerda, com um viés mais conservador ou com um recorte mais progressista, passam a aparecer em praticamente todos os espaços. Eles se manifestam, por exemplo, em programas televisivos (Big Brother Brasil, por exemplo) ou mesmo em partidas de futebol e eventos esportivos. 

As disputas político-partidárias, por vezes, ganham conotação similar às grandes rivalidades regionais no esporte mais popular, como Paysandu X Remo (Pará), Grêmio X Internacional (Rio Grande do Sul), Flamengo X Fluminense (Rio de Janeiro), ou Palmeiras e Corinthians (São Paulo).

Essa midiatização do processo político, com transmissões de eventos, manifestações populares e debates públicos, reforça uma premissa de grande exposição e ganha uma repercussão maior com o uso intenso das plataformas digitais (mídias e redes sociais).

Assim, como cada vez mais a discussão política faz parte da vida das pessoas, como pensar em um processo mais efetivo de (re)construção social? A resposta reside, muitas vezes, na própria política. Toda e qualquer decisão relevante e com impacto em uma coletividade passa por um processo político, na discussão e nos espaços decisórios.

As ações de atores políticos ocupantes de mandatos têm reflexo imediato na vida da população – e é importante entender também os freios e contrapesos institucionais. Pensar política e agir politicamente são dois instrumentos essenciais para promover qualquer tipo de ajuste dentro de uma sociedade.

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