Precisamos falar de política. A solução, geralmente, está nela e a partir dela Rodolfo Marques 30.05.21 16h15 A convivência com Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI’s) – como a que trata da Pandemia de Covid-19 –, as discussões em redes sociais, as querelas ideológicas e as paixões exacerbadas, muitas vezes, trazem à tona a importância e onipresença da questão política. Eventualmente, fala-se em não se querer discutir política, quando, na verdade, o desejo manifestado de muitos é o de não tratar de disputas partidárias. A política, em essência, como ato de cidadania e como instrumento de luta por direitos, é essencial e deveria, sim, mobilizar o máximo possível das pessoas e de suas atenções. Por óbvio, muito do desencanto de parte da população brasileira, por exemplo, está ligado aos escândalos exibidos na mídia, à perda de credibilidade da classe política e/ou à ineficiência de alguns representantes do povo em evidenciar soluções, como na crise pandêmica que assola o país desde março de 2020. Uma situação que emerge nesse contexto é a da polarização política, muito evidente a partir do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016; da prisão do ex-presidente Lula, em 2018; e da vitória, também em 2018, de Jair Bolsonaro (então no PSL), para o cargo máximo da República brasileira. Os discursos mais à direita ou à esquerda, com um viés mais conservador ou com um recorte mais progressista, passam a aparecer em praticamente todos os espaços. Eles se manifestam, por exemplo, em programas televisivos (Big Brother Brasil, por exemplo) ou mesmo em partidas de futebol e eventos esportivos. As disputas político-partidárias, por vezes, ganham conotação similar às grandes rivalidades regionais no esporte mais popular, como Paysandu X Remo (Pará), Grêmio X Internacional (Rio Grande do Sul), Flamengo X Fluminense (Rio de Janeiro), ou Palmeiras e Corinthians (São Paulo). Essa midiatização do processo político, com transmissões de eventos, manifestações populares e debates públicos, reforça uma premissa de grande exposição e ganha uma repercussão maior com o uso intenso das plataformas digitais (mídias e redes sociais). Assim, como cada vez mais a discussão política faz parte da vida das pessoas, como pensar em um processo mais efetivo de (re)construção social? A resposta reside, muitas vezes, na própria política. Toda e qualquer decisão relevante e com impacto em uma coletividade passa por um processo político, na discussão e nos espaços decisórios. As ações de atores políticos ocupantes de mandatos têm reflexo imediato na vida da população – e é importante entender também os freios e contrapesos institucionais. Pensar política e agir politicamente são dois instrumentos essenciais para promover qualquer tipo de ajuste dentro de uma sociedade. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09