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RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Polêmicas permanecem, mas economia dá sinais de recuperação no Brasil de Bolsonaro

Rodolfo Marques

Jair Bolsonaro (PSL) encerrou mais uma semana colecionando polêmicas, declarações agressivas e com déficit na imagem enquanto governante.

A questão das queimadas na Amazônia continua tendo repercussão, em especial pela falta de ação efetiva do governo federal em relação ao tema. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, rebateu boa parte das notícias que foram divulgadas a respeito do assunto, limitando-se a defender as políticas federais para a região amazônica. Salles até apresentou problemas de saúde no ambiente de grande pressão social.

Dentro desse mesmo contexto, houve um encontro, na terça-feira (27.08.19) entre o presidente da República e os governadores da Amazônia Legal, para a busca de políticas conjuntas de combate às queimadas e aos incêndios, em especial nas áreas florestais mais afetadas. Uma vez mais, em vez de se preocupar com ações concretas e em trabalhar no presente com projeção no futuro, o presidente Bolsonaro preferiu criticar a política de governos anteriores em relação às áreas de preservação ambiental e à demarcação de terras quilombolas e indígenas.

Para “completar”, Bolsonaro, na quinta-feira (29.08.19), chamou de “esmola” a ajuda de 20 milhões de dólares oferecidos pela cúpula do G7 (grupo dos 7 países mais ricos do mundo) para contribuir no combate às queimadas na Amazônia brasileira. Essa manifestação do presidente brasileiro é mais um capítulo do confronto verbal que ele vem mantendo com o presidente francês, Emmanuel Macron. Tal conflito personalizado por Bolsonaro se mostra nocivo para as relações internacionais do país – e o chanceler brasileiro Ernesto Araújo continua imóvel neste quesito.

Por outro lado, a economia começou a dar sinais positivos, muito mais a partir dos méritos da equipe escalada para tratar a temática – sem dúvida, um dos acertos do governo Bolsonaro. O Produto Interno Bruto (PIB) apresentou crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2019, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números indicaram o valor de R$ 1,78 trilhão no período avaliado. A taxa de desemprego recuou para 11,8% entre os meses de maio de julho deste ano, totalizando-se pouco mais de 12 milhões e meio de brasileiros sem ocupação fixa – número ainda muito alto. Apesar dos resultados tímidos, os índices apontam que é possível ter esperança na recuperação econômica brasileira e na geração de empregos e renda.

A equação entre política e economia precisa ser bem conduzida pelo governo federal para que o Brasil consiga se recuperar e retomar uma política de crescimento. Todavia, enquanto a economia começa a dar sinais promissores, a política parece retroceder em vários níveis – ambiental, comunicacional e relações exteriores, por exemplo.

Esperança é algo que nunca faltou ao brasileiro – e, no governo Bolsonaro, essa virtude é essencial.

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Rodolfo Marques
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