Polêmicas permanecem, mas economia dá sinais de recuperação no Brasil de Bolsonaro Rodolfo Marques 30.08.19 18h00 Jair Bolsonaro (PSL) encerrou mais uma semana colecionando polêmicas, declarações agressivas e com déficit na imagem enquanto governante. A questão das queimadas na Amazônia continua tendo repercussão, em especial pela falta de ação efetiva do governo federal em relação ao tema. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, rebateu boa parte das notícias que foram divulgadas a respeito do assunto, limitando-se a defender as políticas federais para a região amazônica. Salles até apresentou problemas de saúde no ambiente de grande pressão social. Dentro desse mesmo contexto, houve um encontro, na terça-feira (27.08.19) entre o presidente da República e os governadores da Amazônia Legal, para a busca de políticas conjuntas de combate às queimadas e aos incêndios, em especial nas áreas florestais mais afetadas. Uma vez mais, em vez de se preocupar com ações concretas e em trabalhar no presente com projeção no futuro, o presidente Bolsonaro preferiu criticar a política de governos anteriores em relação às áreas de preservação ambiental e à demarcação de terras quilombolas e indígenas. Para “completar”, Bolsonaro, na quinta-feira (29.08.19), chamou de “esmola” a ajuda de 20 milhões de dólares oferecidos pela cúpula do G7 (grupo dos 7 países mais ricos do mundo) para contribuir no combate às queimadas na Amazônia brasileira. Essa manifestação do presidente brasileiro é mais um capítulo do confronto verbal que ele vem mantendo com o presidente francês, Emmanuel Macron. Tal conflito personalizado por Bolsonaro se mostra nocivo para as relações internacionais do país – e o chanceler brasileiro Ernesto Araújo continua imóvel neste quesito. Por outro lado, a economia começou a dar sinais positivos, muito mais a partir dos méritos da equipe escalada para tratar a temática – sem dúvida, um dos acertos do governo Bolsonaro. O Produto Interno Bruto (PIB) apresentou crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2019, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números indicaram o valor de R$ 1,78 trilhão no período avaliado. A taxa de desemprego recuou para 11,8% entre os meses de maio de julho deste ano, totalizando-se pouco mais de 12 milhões e meio de brasileiros sem ocupação fixa – número ainda muito alto. Apesar dos resultados tímidos, os índices apontam que é possível ter esperança na recuperação econômica brasileira e na geração de empregos e renda. A equação entre política e economia precisa ser bem conduzida pelo governo federal para que o Brasil consiga se recuperar e retomar uma política de crescimento. Todavia, enquanto a economia começa a dar sinais promissores, a política parece retroceder em vários níveis – ambiental, comunicacional e relações exteriores, por exemplo. Esperança é algo que nunca faltou ao brasileiro – e, no governo Bolsonaro, essa virtude é essencial. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques política jair bolsonaro amazônia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES análise política Lula lidera cenário para 2026 e oposição segue fragmentada, mostram pesquisas 08.04.25 19h51 Rodolfo Marques Corrêa do Lago liderará COP-30 em meio à crise climática 28.02.25 8h00 Rodolfo Marques Primeiros 50 dias do prefeito Igor Normando em Belém: avanços, dificuldades e desafios 21.02.25 17h00 Rodolfo Marques “Crise do Pix” e os desafios do governo Lula III em um novo cenário político-eleitoral 17.01.25 23h01