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RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Polarização Lula x Bolsonaro se acentua e presença digital tende a ser decisiva

Rodolfo Marques

Todas as principais pesquisas de intenção de voto realizadas na primeira quinzena de abril, considerando as eleições presidenciais 2022, mostram a manutenção da liderança do ex-presidente Lula (PT), o esvaziamento da chamada “terceira via” e o crescimento das intenções de voto no presidente Jair Bolsonaro (PL). Dessa forma, a disputa acirrada entre Lula e Bolsonaro tende a se consolidar em todo o pleito, cujo primeiro turno está agendado para o dia 02 de outubro.

No agregador de pesquisas eleitorais, análise desenvolvida pelo Portal UOL, os seis institutos de pesquisa que fizeram pesquisa em abril (Genial/Quaest, Gerp, Paraná, Ipespe, Sensus e PoderData) mostram uma diferença entre Lula e Bolsonaro que oscila de 2 a 14 pontos percentuais, nas intenções de voto, gerando uma média aproximada de 9 pontos percentuais.

Entre os possíveis indicadores da recuperação da candidatura bolsonarista à reeleição estão a opinião de parte da população sobre a desempenho do governo, a retomada do antipetismo – personificada, desde 2018, na figura do atual presidente – e a retomada dos votos que ficaram abrigadas temporariamente com Sérgio Moro (União Brasil). Moro, aliás, deverá se contentar com a candidatura a uma das vagas de São Paulo, seu atual domicílio eleitoral, à Câmara dos Deputados, com grandes chances de êxito, e com potencial de grande votação.

Aliás, o grupo que integra a “terceira via”, ou autointitulado “centro democrático”, ficou mais fragilizado pela ausência de uma candidatura efetivamente competitiva. João Dória e Eduardo Leite (PSDB); Luciano Bivar (União Brasil); Simone Tebet (MDB) e; Cidadania (sem pré-candidato), ainda promoverão várias reuniões até chegar a um consenso, previsto para o dia 18 de maio.

No cenário de polarização, portanto, a briga pelos votos dos indecisos e de quem tem por intenção votar branco ou nulo, promete ser bem intensa. Bolsonaro tem a seu favor toda a estrutura do governo e a ampliação do auxílio emergencial. Reforçar-se como o único candidato que pode vencer Lula tende a ser a tônica, assim como o uso das plataformas digitais. Melhorar os índices econômicos tendem a ser o seu grande desafio. Bolsonaro, aliás, em entrevista ao Grupo Liberal, concedida aos jornalistas Daniel Nardin e Abner Luiz, no dia 11 de abril, reforçou que seu candidato a vice será o general Braga Netto.

Para Lula e o PT, com o reforço de Geraldo Alckmin (PSB) como vice, é essencial junto ao eleitorado mais conservador – principalmente do estado de São Paulo –, aos homens jovens (segmento em que Bolsonaro tem grande maioria), aos pequenos e médios empresários e,  no  nas regiões Sudeste e Sul. Neste sentido, a presença digital, com uma comunicação mais clara, ágil e que contraponha Bolsonaro é absolutamente essencial. Vídeos nas mídias e redes sociais, para os diferentes nichos de eleitoral, precisam estar no dia-a-dia da campanha petista-pessebista.

O fato concreto é que, para além das eleições, que serão um marco no contexto da democracia brasileira, é preciso pensar no dia seguinte. É essencial pensar no enfrentamento do desemprego, da fome, da inflação e do combate efetivo à corrupção. O escolhido – Lula ou Bolsonaro – precisará agir urgentemente diante dessas pautas. 

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