Eleições presidenciais 2022: pesquisas de intenção de voto, reflexões e interpretações Rodolfo Marques 08.07.22 18h40 Sempre em anos eleitorais, tanto no momento da pré-campanha quanto no ambiente das campanhas em si, as pesquisas de intenção de voto ganham protagonismo. Por óbvio, no ambiente democrático, ouvir as tendências, impressões e prioridades da opinião pública (TARDE, 2005) é um grande desafio. No contexto das eleições presidenciais de 2022, os institutos que mais estão em evidência, retratando os momentos de movimentação do eleitorado, são o Datafolha, o Quaest/Genial, MDA/CNT, PoderData e Ipespe/XP. A primeira questão a ser avaliada, aqui, reside nas metodologias utilizadas. O tamanho da amostra – e a consequente margem de erro –, a maneira de captar os dados (pessoalmente, por telefone etc.), locais de realização, períodos escolhidos e as questões apresentadas (quantitativas e qualitativas) posicionam cada levantamento em determinados cenários, considerando, a priori, os objetivos da pesquisa e indicando como os dados serão divulgados à sociedade. Nesse quesito, os cinco institutos retrocitados vêm procurando evidenciar os caminhos escolhidos, até mesmo no sentido de fortalecer o critério da credibilidade. Outro ponto que se pode destacar é a premissa de que pesquisas eleitorais retratam o momento – podendo consolidar tendências, indicando um viés de crescimento ou de queda de um(a) candidato(a) e medindo o grau de interesse do(a) entrevistado(a) no pleito. É como uma “fotografia”, com vários detalhes. Ao mesmo tempo, ainda mais em eleições complexas e peculiares como as presidenciais de 2022, as pesquisas qualitativas ganham mais espaço, mostrando, por exemplo, o que impacta na decisão de voto, as observações sobre conjuntura, a opinião sobre denúncias de corrupção envolvendo alguma candidatura e a visão sobre a pauta de costumes ou, mesmo, a variável socioeconômica. Aliás, especificamente sobre o pleito deste ano no Brasil, as demandas socioeconômicas têm aparecido muito nos levantamentos. O desconforto de boa parte dos brasileiros com a alta inflação, com as taxas de desemprego e com a miséria de parcelas significativas da população têm aparecido como questões fundamentais. Capturar essas percepções com discursos políticos, propondo soluções e alternativas viáveis, é um caminho sempre importante no processo de conquista do(a) eleitor(a). Por fim, fica claro que os números das urnas serão sempre os mais importantes – assim como é relevante fazer uma comparação dos dados das pesquisas mais próximas do pleito com os resultados finais. E é essencial dizer também que as pesquisas de intenção de voto são instrumentos importantes para o debate político e integram de forma consistente os períodos eleitorais aqui no Brasil. Tudo isso tende a ser revivido no pleito de 2022. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques eleições 2022 COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES análise política Lula lidera cenário para 2026 e oposição segue fragmentada, mostram pesquisas 08.04.25 19h51 Rodolfo Marques Corrêa do Lago liderará COP-30 em meio à crise climática 28.02.25 8h00 Rodolfo Marques Primeiros 50 dias do prefeito Igor Normando em Belém: avanços, dificuldades e desafios 21.02.25 17h00 Rodolfo Marques “Crise do Pix” e os desafios do governo Lula III em um novo cenário político-eleitoral 17.01.25 23h01